Cidades

Recuperação global continua, mas Brasil está estagnando, diz F

Nos preços das commodities está afetando emergentes. 



A economia global está se recuperando, beneficiada pela queda dos preços do petróleo e pelo bom desempenho dos Estados Unidos, mas o Brasil está estagnando, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

“De forma geral, os riscos macroeconômicos diminuíram. Então a recuperação global continua, mas de forma moderada e desigual. Em muitas partes do mundo ela não é forte o suficiente”.

Na próxima semana, o FMI divulga seu relatório de projeções para o crescimento econômico mundial. De acordo com Lagarde, o relatório vai mostrar um crescimento moderado este ano, próximo ao de 2014.

As economias desenvolvidas estão tendo um desempenho levemente melhor que o do ano passado, com a recuperação se firmando nos EUA e no Reino Unido. As expectativas para a zona do euro também estão melhorando.

Mas para a maioria das economias emergentes as expectativas estão um pouco piores, influenciadas principalmente pelos baixos preços das commodities.

“Mesmo [as economias emergentes] representando ainda mais de dois terços do crescimento global este ano, há uma diversidade tremenda dentro desse grupo. Por exemplo: a Índia é um ponto positivo; a China está desacelerando mas com crescimento mais sustentável; a África Subsaariana continua com desempenho forte; a Rússia, por outro lado, está vivenciando dificuldades econômicas; o Brasil também está estagnando; e e muitas partes do Oriente Médio estão sofrendo com problemas políticos e econômicos”, afirmou Lagarde.

‘Novo medíocre’
Segundo Lagarde, o crescimento médio do ano passado, de 3,4% “não é ruim”. Mas, dado o persistente impacto da recessão, que inclui taxas de desemprego de 50% entre os jovens em alguns países, não é suficiente. “Seis meses atrás eu alertei para o risco de um ‘novo medíocre’ – um crescimento baixo por um longo período. Hoje, precisamos evitar que esse ‘novo medíocre’ se torne a ‘nova realidade’”, disse.

A diretora do FMI também alertou que a expectativa de crescimento no médio prazo também é moderada, e pediu reformas estruturais para aumentar a confiança e gerar investimento. “Francamente, em países demais essas reformas têm demorado”, disse.


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