Religioso católico diz que banalização do mal está vencendo o amor
Padre Paulo exemplifica que não há como falar de esperança para quem está morrendo fome

Douglas Lima
Editor
Padre Paulo Roberto Matias, célebre pelos seus destemperos verbais, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9) deste sábado, 17, disse que sempre questiona a esperança pregada pelas religiões e religiosos.
“Vai dizer pro cara que está morrendo de fome, ter esperança, pra mulher estuprada. Isso não passa de profunda alienação social”, atacou o religioso, que participou do programa de rádio para falar da Campanha da Fraternidade.
Padre Paulo lembrou que a Campanha da Fraternidade foi criada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1964, completando, em 2024, 60 anos de realização, sempre no período da Quaresma.
Criticando a iniciativa da CNBB, Paulo disse que se faz campanha para questão emergencial, mas que a Igreja Católica faz isso no Brasil, todo ano, destoando até do propósito do Quaresma, tempo de conversão à espera da Páscoa de Cristo.
Para o padre, o “mundo está mergulhado no caos”, porque são poucos os que amam. “A gente tem que parar de definir o amor, mas amar de verdade neste tempo em que se verifica a banalização do mal”, completou.
Paulo Roberto Matias citou nomes como os de Dom Eugênio Sales e Dom Helder Câmara, já falecidos, como célebres integrantes da Igreja Católica que porque defendiam a preferência pelos mais necessitados, eram chamados comunistas.
Entre outros comentários, padre Paulo defendeu que o mundo precisa de gente transformadora, como os próprios Dom Eugênio Sales e Dom Helder Câmara, bem como o Papa Francisco, Gandhi, Martin Luther King e padre Júlio Lancellotti.
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