Cidades
Salários em atraso; Servidores da Caesa reclamam que estão à míngua
Sindicato diz que falta até papel higiênico nos banheiros. Presidência da Companhia admite problema, mas afirma que problemas serão resolvidos na próxima semana.
O Presidente do Sindicato dos Urbanitários, Flexa, denunciou nesta quinta-feira, 11, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.90) o que chamou de ‘sucateamento’ da Companhia de Água e Saneamento do amapá (Caesa). Segundo ele, além dos salários em atraso e falta de depósito do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, a Companhia não disponibiliza sequer papel higiênico nos banheiros, o que deixa os servidores em situação de constrangimento:
“Os problemas se avolumam e se agravam cada vez mais, sem que providências sejam tomadas para reverter esse quadro; os servidores acumulam dívidas por causa do atraso dos salários e, mesmo sem dinheiro são obrigados a levar papel higiênico de casa, o que é insustentável e inaceitável; outro problema recorrente é a falta de apoio logístico e de materiais para as sedes do interior, onde o mato está tomando conta por falta da manutenção”.
Também ouvida pelo programa, a diretora-presidente da Caesa, Patrícia Brito, confirmou a existência dos problemas, mas garantiu que a solução será dada no decorrer da próxima semana: “Estamos, de fato, enfrentando esses problemas diante de uma crise que se arrasta por muito tempo, mas estamos conseguindo apresentar as soluções adequadas de acordo com a disponibilidade de recursos. Agora, por exemplo, estamos enfrentando uma situação atípica, com o orçamento fechado, como acontece todo final de ano e o encerramento de contratos dos prestadores de serviços e fornecedores; porém, nos próximos dias o orçamento será aberto e teremos condições de resolver essas questões, tanto que já estamos providenciando os processos de licitação para que esses serviços sejam normalizados”.
Questionado se esses problemas passaram a ocorrer só na atual gestão, o diretor do sindicato reconheceu que são antigos, mas ponderou: “A gestão passada tem que ser esquecida, porque, afinal, já se passou um ano da atual gestão sem que a solução seja apresentada; são problemas antigos, sim, tanto que passamos os quatro anos do governo anterior fazendo greve; entretanto, a solução tem que acontecer de imediato, antes que o problema se agrave de forma a não ter mais remédio. Há que se levar em conta também que, com a realização do concurso público, novos companheiros estão chegando, e já se veem ameaçados de não receber salários”.
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