Santana, enfim, comemora aniversário
Somente agora, transcorridos 265 anos, é que autoridades santanenses resolvem festejar a data de quando tudo começou, em 4 de fevereiro de 1758
Douglas Lima
Editor
Depois de mais de dois séculos e meio é que Santana desperta para o fato histórico de que faz aniversário junto com Macapá, dia 4 de fevereiro, com a mesma idade – 265 anos.
Pela primeira vez em Santana as autoridades de lá procuram divulgar a data e inclusive elaboraram programação para festejar o aniversário.
Com ar de historiador, o geógrafo secretário municipal de planejamento de Santana, Marlos Matos, falou sobre o assunto no ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) desta sexta, 3.
De fato, Macapá, hoje a capital do Amapá, e Santana, o segundo município mais influente do estado, tiveram, em grau diferente, uma emancipação na mesma data, 4 de fevereiro de 1758.
Em viagem administrativa ao norte da então Província do Grão-Pará, o governador na época, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, elevou o lugar chamado Santana à categoria de povoado.
Na mesma ambientação da elevação de Santana, de lugar para povoado, o governador Mendonça Furtado assinou o ato estabelecendo como vila o então povoado de Macapá.
Assim, Macapá e Santana fazem mesmo aniversário todo dia 4 de fevereiro, só que a data foi logo absorvida pelas autoridades e a população macapaenses, enquanto era esquecida pelos santanenses, até agora em 2023.
Comemoração
No programa ‘LuizMeloEntrevista’, o secretário Marlos Matos informou que o local da comemoração será a Ilha de Santana, onde Mendonça Furtado aportou para depois constituir o povoado.
A programação será aberta às 6h de sábado, 4, com passeio na Trilha Samaúma, que deve durar hora e meia. Durante o passeio, serão transmitidos conhecimentos sobre a história e a cultura de Santana, bem como da importância do Amapá para a constituição da Amazônia como Brasil.
Após a trilha haverá a cerimônia oficial do aniversário, com fala de autoridades, para em seguida acontecer uma roda de conversas, quando serão disponibilizados conteúdos descobertos na Holanda e Inglaterra e que tratam do município santanense.
“Será um incentivo para que os moradores da ilha possam incrementar o turismo, fazer trilhas e ter consciência de sua história, porque isso tem um sentimento de pertencimento, de identidade e de cidadania”, pontuou o secretário Marlos.
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