Seca de rios pode paralisar hidroelétricas, mas sem prejudicar abastecimento à população do Amapá
Análise é do mestre em planejamento de sistemas energéticos, Salatiel Pedrosa

Douglas Lima
Editor
Para o mestre em planejamento de sistemas energéticos, Salatiel Pedrosa, a estiagem que ocorre nos rios da Amazônia, ameaçando o funcionamento de hidroelétricas, não deve afetar a distribuição de energia no Amapá, em razão do estado possuir quatro usinas e ainda ser integrado ao Sistema Nacional.
Salatiel fez a análise na manhã desta quinta-feira, 5, falando pelo telefone, diretamente de Goiânia (GO), ao programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9).
A informação de que a seca de rios amazônicos pode paralisar hidrelétricas, entre elas as do Amapá, teve origem no próprio ONS, o Operador Nacional do Sistema, sem especificar, contudo, qual a usina do estado está sendo mais afetada.
O Amapá possui quatro usinas hidroelétricas: Santo Antônio do Jari, Ferreira Gomes, Cachoeira Caldeirão e Coracy Nunes. Segundo informação não inteiramente confirmada, a Usina do Caldeirão estaria prestes a ter a operação paralisada.
O mestre Salatiel Pedrosa observou que de fato a situação mais crítica, por causa da estiagem, é a da Cachoeira do Caldeirão, mas que isso não vai afetar a distribuição de energia porque o Amapá tem três hidrelétricas que fazem parte do sistema nacional.
O especialista orientou que uma maneira de diminuir o problema é racionar a exportação de energia elétrica realizada pelo estado. E caso a situação seja acentuada, há o recurso do uso das usinas termoelétricas, sempre importantes, apesar de ter custo cinco vezes maior do que as hidroelétricas.
Salatiel ensinou que é preciso diversificar as fontes energéticas. “A estratégia é a diversificação”, proclamou o mestre em planejamento de sistemas energéticos, adiantando que essa prática garante resolução de problemas sazonais de abastecimento do produto, sem interromper o sistema.
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