Cidades

Secretário da Semob nega irregularidades em licitação para obras de mobilidade urbana em Macapá

Empresas desclassificadas afirmam que a vencedora não tem capacidade financeira e nem técnica para o serviço


O secretário John David Belique Couvre, da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Semob), da prefeitura de Macapá, negou a existência de irregularidades ou equívocos no processo de licitação que tem como objeto a realização do Plano de Mobilidade Urbana da Cidade de Macapá, projeto financiado com recursos da Caixa Econômica Federal (CEF).

A manifestação do secretário, feita por telefone – ele preferiu não dar entrevista nesse momento – ocorreu depois da informação do Programa Luiz Melo Entrevista (Rádio Diário 90.9FM), nesta segunda-feira (23), dando conta de que três empresas inabilitadas na licitação estariam dispostas a recorrer ao Judiciário Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal (MPF) contestando a classificação da empresa Bara Construções e Perfurações EIRELLI.

“Tomei conhecimento da reclamação através das redes sociais. Tenho todas as informações sobre a licitação, mas só me manifestarei quando se confirmar alguma ação judicial oficial de uma das três empresas desclassificadas, mas posso assegurar que não há irregularidade no processo, e a reclamação faz parte do jogo”, disse David Covre.

De acordo com as empresas desclassificadas, a Bara Construções e Perfurações, vencedora do certame, tem como endereço no Maranhão a Rua Abacate 13, Vila Pirâmide, Paço do Lumiar, mas no local existiria apenas uma lixeira viciada em um terreno baldio.

Além disso, a Bara não teria comprovado sua capacidade técnica operacional, tendo usado atestado de outra empresa para comprovação de edital, fato que teria equivocado a comissão de licitação, e nem capacidade de fluxo da caixa no balanço apresentado, onde possuiria apenas R$10 mil em caixa e cerca de R$820 mil em equipamentos para tocar uma obra orçada (primeira etapa) em R$45 milhões.

Segundo as desclassificadas, empresas de maior porte foram desabilitadas com justificativas questionáveis, conforme resultados administrativos apresentados à comissão de licitação da Semob. Também alegam que a Bara teria problemas na região de Icatu (MA)


Deixe seu comentário


Publicidade