Secretário de Saúde de Macapá diz que saída dos médicos cubanos prejudicará atendimento à população
Conforme explicou Eldren Lages, todos os 9 profissionais que atuam no municípios deixarão de trabalhar na próxima segunda-feira.

Ouvido por telefone pela bancada do programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) na manhã desta quinta-feira (22), o secretário municipal de Saúde (Semsa) Eldren Lages, manifestou preocupação com as consequências, que considerou “desastrosas” para a área de saúde, da saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal.
Conforme ele explicou, os postos de atendimento providos pelos profissionais cubanos ficarão sem atendimentos a partir da próxima segunda-feira. “Até por questão de humanidade, de solidariedade, os nove médicos cubanos se dispuseram a continuar trabalhando nestas quinta e sexta-feira, mesmo já estando desligados do programa, mas a partir da próxima segunda-feira não haverá médicos nesses postos de atendimento”, relatou.
Ainda de acordo com Eldren Lages, o programa Mais Médicos iniciou em Macapá com 54 profissionais, mas hoje, apesar do número reduzido, eles garantem assistência médica na Capital e nas regiões mais distantes geograficamente. “Desses 9 médicos intercambistas cubanos que Macapá possui, dois trabalham e moram no Bailique, um no Tracajatuba, próximo a São Joaquim do Pacuí e os demais na Capital. Ontem tive uma reunião com eles e todos se dispuseram a continuar trabalhando hoje a amanhã, mas a partir de segunda-feira não mais estarão atendendo a população, porque já há um cronograma de viagem para o retorno deles à Cuba”, pontuou, finalizando:
– Chegamos a ter 54 médicos-intercambistas, destes, 47 cubanos, uma alemã e os demais de outras nacionalidades. Tivemos no Bailique entre 2014 e 2015, mais de 20 médicos residentes, e hoje temos dois, e que são cruciais para atender à população; vai ser uma perda muito grande, não apenas para Macapá, mas também para outros municípios, como Oiapoque, por exemplo, porque a Atenção Básica é feita na totalidade por médicos cubanos, além da Ilhas do Pará, e com a saída desses médicos, os moradores dessas regiões vão passar a buscar tratamento em Macapá, congestionando o Pronto Socorro e as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Nossa preocupação é muito grande por causa da necessidade de reposição da mão-de-obra, pois a maioria dos médicos se recusar a trabalhar em locais mais distantes, desprovidos de qualquer estrutura.
Deixe seu comentário
Publicidade
