Seed notifica mais de mil professores do interior lotados em Macapá
É mais uma tentativa de mudar um quadro que sempre existiu, principalmente no setor da educação, que é o de candidato aprovado em concurso para trabalhar no interior do estado, mas sempre consegue um “jeitinho” para ficar na capital.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) está notificando 1.407 professores da rede estadual de ensino que fizeram concurso para o interior e que estão atualmente exercendo suas funções em Macapá. A medida faz parte de uma recomendação do Ministério Público (MP), que determina o retorno dos profissionais para as cidades para as quais prestaram o concurso.
É mais uma tentativa de mudar um quadro que sempre existiu, principalmente no setor da educação, que é o de candidato aprovado em concurso para trabalhar no interior do estado, mas sempre consegue um “jeitinho” para ficar na capital.
Ao todo, 817 profissionais já foram notificados e 590 receberão o documento nos próximos dias. Os professores terão 15 dias, após o recebimento da notificação, para apresentarem justificativa e ampla defesa para a permanência na capital. As defesas serão analisadas individualmente pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que decidirá se a permanência ocorre dentro da legalidade.
Com os resultados preliminares da Atualização Cadastral da Educação, realizada pela Secretaria da Administração (Sead), no final de 2016, detectou um número elevado de professores que prestaram concursos para todos os municípios do interior, mas que atualmente trabalham na capital.
Para suprir o déficit de professores no interior, a Seed tem realizado contratos temporários, o que gera um custo ao estado em cerca de R$ 6 milhões ao mês e mais de R$ 70 milhões ao ano.
De acordo com a secretária da Educação, Goreth Sousa, com a primeira atualização cadastral do governo do estado, iniciada pela educação, foi identificado esse alto índice de servidores que não atuam nas cidades na qual prestaram concurso. “É uma grande preocupação o valor que estado gasta com contratos temporários, para suprir essa deficiência no interior”, ressaltou.
Por isso, a secretaria está revendo seus atos e organizando a máquina pública. “Essa redistribuição é necessária e será garantido o direito do servidor, mas também do aluno, para que ele tenha professor na sala de aula”, destacou.
Paulo Silva
Da Redação
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