Segundo IBGE, 1,5% da população do Amapá tem diagnóstico de autismo
Estado ocupa segunda posição no cenário nacional, atrás do Acre; dados se referem ao número de habitantes, não em valores absolutos
Douglas Lima
Editor
Após primeiro censo do IBGE que incluiu a pergunta se famílias possuem pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), os resultados apontaram que o Amapá é o segundo estado com maiores registros da condição, com cerca de 1,5% da população com diagnóstico. Acre lidera os números da pesquisa que utiliza dados proporcionais à população dos estados.
Joel Lima, que chefia a disseminação de informações no IBGE, informou ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) que os números foram levantados pelo Censo 2022. “Foi uma investigação inédita; fizemos essa pergunta em domicílio depois da lei ser aprovada no Congresso, se havia alguém com diagnóstico do TEA na família”, disse.
O Amapá tem 1,5% de sua população diagnosticada, o que equivale a 11 mil casos. Os números mostram que para cada 100 homens, dois tem TEA; enquanto que para as mulheres, a cada 100, uma tem diagnóstico. Joel ainda informou que a maioria dos diagnósticos é feita entre os 5 e os 9 anos de idade, mas reforçou que as pessoas já nascem autistas.
“Essa pesquisa precisa ser feita e refinada, ainda não havia pesquisa desse porte; trouxemos uma contribuição grande para esse estudo. Os maiores diagnósticos são de pessoas consideradas brancas, e os menores, da população indígena, principalmente devido à possibilidade de acesso ao atendimento especializado”, concluiu Joel.
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