Segundo IBGE, dobra número de amapaenses morando em outros estados
Em 2010 eram 36,2 mil pessoas nascidas no Amapá que moravam em outros estados; em 2022 número subiu para 74,2 mil

O chefe da seção de disseminação de informações da Superintendência do IBGE do Amapá, Joel Lima, divulgou no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) a dinâmica migratória dentro do país, incluindo o Amapá, ressaltando que o número de amapaenses morando em outros estados dobrou em 12 anos.
Joel registrou que 74,2 mil amapaenses viviam em outros estados em 2022. Esse quantitativo representava 11,9% do total de pessoas que tinham o Amapá como local de nascimento naquele ano (620.993).
Em 2010, eram 36,2 mil pessoas nascidas no Amapá morando em outras unidades da Federação (7,3%). “Portanto, a proporção de amapaenses morando fora do Amapá mais do que dobrou entre as duas operações censitárias (105,1%)”, registrou o disseminador de informações.
O número de pessoas não naturais do Amapá foi de 185,1 mil em 2022. No Censo de 2010, esse grupo somava 207,2 mil pessoas.
Montando um quadro com o número de pessoas naturais do Amapá residindo em outros estados (emigraram) com o número de não naturais do Amapá residindo aqui (imigraram), o saldo migratório é o seguinte:
Censo 2010
Não naturais do Amapá residentes no Amapá: 207.161
Naturais do Amapá morando em outra UF: 36.175
Saldo migratório: 170.986
Censo 2022
Não naturais do Amapá residentes no Amapá: 185.132
Naturais do Amapá morando em outra UF: 74.190 no
Saldo migratório: 110.942
Migração entre 2017 e 2022
O Censo investiga a migração numa data fixa cinco anos antes da data de referência do Censo. Foi perguntado sobre o lugar de residência (município, Unidade da Federação ou país) em 31 de julho de 2017.
O migrante será aquele que residia em lugares diferentes nas duas datas, enquanto o não migrante residia no mesmo local.
Imigrantes, emigrantes, saldo migratório e taxa líquida de migração do Amapá – 2017/2022
Imigrantes* (-17.439)
Emigrantes:* 35.024
Saldo Migratório:* (-17.585)
Taxa Líquida de migração (-2,4%)
O Amapá apresentou a terceira menor taxa líquida de migração em 2022 (-2,4%), atrás apenas do Distrito Federal (-3,6%) e do Acre (-2,9%).
Quando se observa o destino das pessoas que saíram do Amapá entre 2017 e 2022, temos a seguinte distribuição dos 5 maiores:
- Pará – 12.848 (36,7%)
- Santa Catarina – 6.267 (17,9%)
- Paraná – 3.309 (9,4%)
- Maranhão – 1.695 (4,8%)
- Goiás – 1.447 (4,1%)
Número de imigrantes cresce 45% em 12 anos, no Amapá
Entre 2010 e 2022, houve crescimento no Amapá dos residentes naturais de países estrangeiros, sendo que o total passou de 979 para 1420 pessoas, o que representou um aumento de 45% no período.
Entre os estrangeiros e naturalizados residindo no Amapá em 2022, 686 imigraram até 2012, 237 entre 2013 e 2017 e outros 496 entre 2018 e 2022.
Em relação ao quesito de data fixa, que investiga onde os imigrantes internacionais residiam cinco anos antes da pesquisa censitária, a comparação entre Censos indica um aumento no fluxo imigratório internacional, pois no quinquênio anterior ao Censo 2010 o fluxo foi de 874 imigrantes, enquanto no Censo 2022, 1,0 mil pessoas.
Em relação a composição dos fluxos migratórios internacionais para o Amapá, entre 2010 e 2022, a Guiana Francesa se manteve como a principal origem de imigrantes no estado, mesmo apresentando redução de 536 para 511 pessoas. Observou-se expressivo crescimento da imigração venezuelana, que saltou de 8 para 123 indivíduos, consolidando a Venezuela como a segunda principal origem de imigrantes no estado, seguida pela Bolívia (85) e Colômbia (84).
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