Cidades

Sejusp lança campanha contra tráfico de pessoas

Vasta programação foi preparada para a campanha Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas, iniciando segunda-feira, 15, quando os seus organizadores percorrerão emissoras de rádio e televisão de Macapá e Santana, divulgando o evento. 


A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) abrirá nesta segunda-feira, 15, em Macapá, para estender até o fim do mês, a campanha ‘Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas’. O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), do órgão, é o responsável pela mobilização.

Marizete Góes, coordenadora do NETP, informou na manhã deste sábado, 13, no programa ‘Togas e Becas’ (Diário 90,9), que o objetivo da campanha é mobiliza e sensibilizar a sociedade contra o tráfico humano.

A coordenadora observou que o tráfico de pessoas pode ser usado para exploração sexual, trabalho escravo, casamento servil e tráfico de órgãos. F. Carlos, que também pertence ao Núcleo, registrou no programa que o estado do Amapá está inserido na rota do dessa modalidade de crime, devido à sua posição geográfica de fronteira.

 

Na terça-feira, 16, haverá ação na Escola Estadual ‘Santa Inês’, na zona sul de Macapá. No dia seguinte, uma blitz informativa, a partir das 8h, acontecerá na praça Veiga Cabral, para chamar a atenção da população para a necessidade de engajamento da sociedade no combate ao tráfico humano.

No dia 18, quinta-feira, haverá panfletagem no Hospital da Mulher Mãe Luzia. E no domingo, 21, a panfletagem será na praia de Fazendinha. Mas o ponto alto da campanha será em 30 de julho, o Dia Mundial e Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Marizete Góes, que é major PM, informou ainda que as ações da campanha têm respaldo na Política Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas, num diálogo entre o Estado e a sociedade, no âmbito da saúde, educação, comunicação e mobilização social. “Liberdade não se compra. Dignidade não se vende. Denuncie o tráfico de pessoas”, proclamou a coordenadora.

F. Carlos lembrou que desde a criação do Núcleo no Amapá, em 2012, dois casos de tráfico de pessoas foram elucidados no estado. O primeiro, de uma moça colombiana que saiu de seu país para ser babá em São Paulo. Ao descobrir que estava sendo traficada, fugiu pela mata, do Suriname a Guiana Francesa, acabando por vir para Macapá, de onde, assistida durante cinco dias, foi conduzida de volta para a Colômbia.

Outro caso descrito por F. Carlos foi de um rapaz que trabalhava em regime de escravidão numa fazenda no município de Laranjal do Jari. Ele conseguiu fugir e recebeu abrigo no Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.


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