Seminário aborda Proteção de Crianças e Adolescentes durante o Carnaval no Amapá
Durante a roda de conversa foram discutidas políticas públicas voltadas para a proteção desse público vulnerável, enfatizando a necessidade de um esforço conjunto entre as instituições

Promover ações colaborativas para garantir a segurança e a proteção das crianças e adolescentes durante as festividades carnavalescas foi o objetivo do seminário “Prevenção e Cuidados com a Participação de Crianças e Adolescentes em Eventos de Carnaval”, promovido pelo Governo do Estado nesta quarta-feira (22), no auditório do Centro de Educação Profissional de Música Walkiria Lima. A promotora de Justiça da Infância e Juventude e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Samile Alcolumbre, participou do debate representando o Ministério Público do Amapá.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o evento foi direcionado a um público formado por agentes dessa manifestação cultural, entre presidentes de escolas de samba, realizadores de bailes e eventos em geral, representantes do maior arrastão de rua, A Banda, e de blocos carnavalescos. Foi abordado os riscos associados a desfiles e eventos relacionados ao Carnaval, sugerindo estratégias para assegurar a integridade de crianças e adolescentes, pontuando responsabilidades dos realizadores, papel dos pais nesse cuidado, detalhando a portaria publicada pelo Tribunal de Justiça com regras para participação de crianças em eventos de carnaval e pedindo ampla campanha aos órgãos públicos e envolvidos na temática.
seminário contou, ainda, com a participação de representantes do governo, do judiciário, de conselhos de direitos da criança e do adolescente, Defensoria Pública do Estado, que conduziram as discussões a convite da secretária de Cultura, Clícia Di Miceli. Durante a roda de conversa foram discutidas políticas públicas voltadas para a proteção desse público vulnerável, enfatizando a necessidade de um esforço conjunto entre as instituições.
A Promotora de Justiça Samile Alcolumbre compôs a roda de conversa e em sua fala destacou a importância da iniciativa. “A proteção das crianças e adolescentes é uma responsabilidade coletiva. É fundamental que todos os envolvidos na organização dos eventos carnavalescos estejam cientes dos riscos e das medidas necessárias para criar um ambiente seguro. O MP-AP tem papel fiscalizador e nós trabalhamos em rede com todos que estão aqui, nos 16 municípios do estado, e no Carnaval não será diferente. Nós estaremos em regime de plantão”, afirmou Alcolumbre, que acrescentou: “Temos que observar algumas situações importantes, como a proibição de venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. É preciso fixar no máximo de empreendimentos de vendas (ambulantes, comércios) sobre essa determinação, pra que nenhum adolescente de 17 anos, com cara de 18, tenha acesso; nos eventos, que em geral há aglomerações, multidões, é preciso ter pontos bem sinalizados onde as crianças possam buscar auxílio caso se percam, que peçam ajuda de policiais, corpo de bombeiros; os pais precisam ser orientados a identificarem os seus filhos, seja uma pulseirinha de papel, papelzinho no bolso ou dentro do sapato, um crachá, mas é preciso se pensar estratégias de ampla divulgação”, sugeriu.
Ao longo dos debates, os participantes puderam tirar dúvidas e contribuir com sugestões. Para a secretária Clícia Di Miceli, a cadeia produtiva do Carnaval é um importante propulsor da economia no estado, mas a responsabilidade social precisa também estar no centro das prioridades. “Esse seminário representa um passo importante na luta pela proteção dos direitos das crianças e adolescentes no Amapá, destacando que a segurança desse público deve ser uma prioridade não apenas durante o carnaval, mas em todas as esferas da sociedade. Devemos trabalhar juntos para garantir que nossas festividades sejam momentos de alegria, mas também seguros para todos os participantes”, finalizou.
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