Sesa diz que é preciso organizar rede de urgência e emergência para desafogar o HE
Secretaria de Saúde afirma que o SAMU precisa encaminhar pacientes menos graves às Unidades de Pronto Atendimento (UPA), direcionando para o HE casos de maior gravidade.

Em resposta à reclamação de um funcionário do Serviço Médico de Urgência (SAMU) da prefeitura de Macapá (PMM) na manhã desta terça-feira (19) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9), de que a retenção de macas no Hospital de Emergências (HE) está inviabilizando a remoção de vítimas de acidentes por falta do equipamento nas ambulância, a secretaria de estado de Saúde (Sesa) emitiu nota oficial argumentando que “o HE é a única unidade pública com essas características, o que estrangula o atendimento”, informando que nesses casos, “quando não há leito vago, o paciente que chega em maca do SAMU, fica com o equipamento retido até que um leito seja desocupado”.
Na nota a Sesa esclarece que, “para evitar essas ocorrências” o HE foi contemplado com 20 novas macas chegaram ao HE, mas pondera que “é preciso organizar a Rede de Urgência e Emergência com a definição da linha de cuidados de cada unidade de saúde, que já iniciou quando o governo assumiu as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) – de responsabilidade do município – para tornar o HE um hospital de urgência e emergência de portas fechadas, com atendimento somente de casos específicos desta natureza”.
Retenção de macas

No programa desta terça-feira, que vai ao ar das 7h às 9h de segunda a sexta-feira pela Rádio DiárioFM, um funcionário do SAMU reclamou que as ambulâncias do serviço de urgência mantido pela prefeitura de Macapá (PMM) estão inoperantes porque as macas ficam retidas no HE, porque todas as 30 macas, que foram adquiridas recentemente, estão retidas no Hospital de Emergências (HE), sem prazo para serem liberadas. A preocupação maior, segundo ele, é a possibilidade da falta do equipamento impedir a remoção de vítimas de acidentes durante as festas de final do ano.
“Desde ontem (segunda) estamos com todas as viaturas paradas, porque as macas estão servindo de leitos para as pessoas removidas ao HE pelo SAMU. Neste momento todas as ambulâncias estão inoperantes, significando dizer que se ocorrer acidente a vítima vai ficar no solo porque não podemos fazer absolutamente nada. A prefeitura trocou recentemente 30 macas, trocamos as originais das ambulâncias, mas estão todas aqui dentro do HE. A direção do hospital diz que é o SAMU que não quer trabalhar, mas como é que nós podemos trabalhar se as macas servindo de leitos no HE? Eles têm a obrigação de devolver as macas, mas quando chega a colchonete para o paciente ele é substituído por outra na maca”, reclamou.
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