SESA reúne com MP para tratar sobre medicamentos oncológicos e funcionamento do Centro de Radioterapia no Amapá
Equipes da Sesa vão iniciar treinamento em Barretos, e o centro aguarda equipamento que vem da Alemanha

Em reunião de tratativas sobre a regularização dos medicamentos oncológicos usados na quimioterapia e a implantação do serviço de Radioterapia no Amapá, os gestores da Secretaria da Saúde (Sesa) do governo do estado reuniram, de forma on line, com os promotores de justiça Wueber Penafort e Fábia Nilci, da Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público. Pela Sesa participaram a secretária Nair Mota; Edgar Nunes, administrador da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON); Suélen Cunha, coordenadora de Assistência Farmacêutica (COASF) e responsável pela Farmácia de Medicamentos Excepcionais (FARMEX); Patrícia Madureira, respons&aacut e;vel pela aquisição de medicamentos na COASF; Brinel Arcanjo, farmacêutico da UNACON; Rafaela Oliveira, diretora do Hospital do Amor; Fernando, médico especialista em medicina nuclear.
Sobre da escassez de medicamentos na UNACON, Edgar Nunes explicou que estão em falta a Carboplatina, Gencitabina e Gosserrelina (Zoladex), mas a previsão de chegada é para os próximos dias, bem como a reposição de itens que estão com estoque em fase final. Os técnicos informaram que o atraso é decorrente do processo licitatório, contudo, a SESA adotou como estratégia, para evitar a desassistência, a criação de um fundo para a compra emergencial de medicamentos, o que possibilita outros processos administrativos, como adesão à ata ou dispensa de licitação.
Radioterapia e Parcerias
A promotora Fábia Nilci mencionou o estrangulamento da demanda de pacientes do Amapá que aguardam radioterapia no Pará, o que tem sobrecarregado esses serviços. A promotora informou que 60% dos pacientes em tratamento radioterápico em Belém (PA) são do Amapá, resultando em uma fila de espera de aproximadamente três meses.
Os representantes do Governo do Estado do Amapá (GEA) informaram que o Hospital do Amor será o responsável por operar a radioterapia e que o cronograma está sendo cumprido, com as equipes em processo para iniciar treinamento em Barretos, a partir desta semana. O médico Fernando relatou que o maior desafio para iniciar o tratamento é a obtenção da Licença de Operação (LO) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que depende de uma fonte de referência radioativa que está sendo adquirida e importada da Alemanha.
A instalação do equipamento de braquiterapia também foi questionada. Os representantes do HA informaram que a aquisição da fonte está prevista para janeiro e os tratamentos devem iniciar em fevereiro de 2026.
Ampliação da UNACON
A secretária de Saúde, Nair Mota, informou que a superlotação da UNACON se deve ao fato de o ambulatório funcionar dentro da unidade e ter apenas quatro salas de consulta para 28 médicos. Ela garantiu que os ambientes serão ampliados após a mudança do Serviço de Assistência Especializada (SAE/HIV) para outro imóvel, o que deverá acontecer até o final de outubro.
A SESA se comprometeu em encaminhar, no prazo de 20 dias: um relatório detalhado com informações sobre a regularização do estoque de medicamentos oncológicos; a comunicação aos pacientes sobre a normalização dos atendimentos; o cronograma e o contrato com o Hospital do Amor; e a regularização da pactuação com o Estado do Pará. O Hospital do Amor se comprometeu a enviar o cronograma de execução das etapas de implantação do acelerador linear e da braquiterapia, além de informar quais tipos de câncer serão atendidos pela unidade do Amapá e quais ainda estão em fase de tratativas.
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