Cidades

Situação da Vila Brasil em Oiapoque é alarmante e Cristina Almeida cobra ações emergenciais do GEA

Com o inverno rigoroso e o regime das chuvas a comunidade da vila vem sofrendo com os impactos das enchentes do Rio Oiapoque


Célio Alício
Da Redação

 

A deputada Cristina Almeida (PSB) que antes mesmo da pandemia do covid-19 já chamara a atenção das autoridades na qualidade de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Legislativa (CRE-AL) a respeito das condições em que se encontram o aparelhamento e o funcionamento da saúde pública em Oiapoque e sobre as condições de vida dos moradores da Vila Brasil, localizada nesse município há meses vem colocando essas pautas no plenário da Alap e cobrando providências emergenciais do governo do estado.

As preocupações da parlamentar se tornaram maiores ainda com a proximidade da chegada do novo coronavírus a partir do momento em que foram diagnosticados os primeiros casos do lado francês, em Saint Laurent Du Maroni, em 5 março deste ano. Dois meses depois, a pandemia do covid-19 tem feito um número crescente de vítimas e ao lado de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, Oiapoque foi um dos primeiros municípios a acusar a doença, inclusive com registro de 01 óbito. A doença se espalhou rapidamente pelo município.

 

Até quarta-feira (13) haviam em Oiapoque 57 casos confirmados do covid-19, 151 casos suspeitos e 32 pacientes recuperados, entre eles a prefeita Maria Orlanda. O governador do estado Waldez Góes, em conjunto com a prefeitura local, definiram um plano de ação para o município e de assistência à população. A situação no município torna-se mais preocupante pelo fato do mesmo estar localizado em área de fronteira e ser a porta de entrada e saída para a Guiana Francesa e o Platô das Guianas.

Em relação à grave situação em que se encontra a Vila Brasil, Cristina já havia solicitado através de requerimento ao GEA o envio de equipes da Defesa Civil e da SIMS em caráter de urgência, para o atendimento aos moradores da comunidade. Ela também indicou à prefeitura que solicitasse o apoio do Exército e da Capitania dos Portos para minimizar o problema.

 

“Por se situar na fronteira com a Guiana Francesa, o Oiapoque torna-se vulnerável aos impactos da pandemia devido as deficiências no funcionamento da saúde pública em nível local, e a Vila Brasil, não bastasse os perigos representados pelo coronavírus, as cheias do Rio Oiapoque trazem graves prejuízos à população e à economia da localidade cujo comércio abastece a cidade de Camopi, localizada no lado francês, concluiu a deputada.

Após a parlamentar emitir parecer favorável, em sessão virtual, a Alap reconheceu o estado de calamidade pública em Oiapoque, por meio do Projeto de Decreto legislativo nº 0020/2020-AL, solicitado pela prefeita de Oiapoque.


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