Soldados do Exército convivem com índios tiriós em área isolada do Amapá
Informação é do comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, general Marcus Vinícius, que também fala da relação militar com o capitão de reserva Jair Bolsonaro

Douglas Lima
Editor
O general Marcus Vinícius Bonifácio, comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva, disse no começo da noite desta quarta-feira, 19, no programa ‘Ponto de Encontro’ (Dário FM 90,9), que o Exército Brasileiro acredita no processo eleitoral do país e que aceita a vontade do povo expressa nas urnas.
A manifestação do militar foi em resposta à pergunta sobre o fato de o governo federal nos últimos quatro anos ter sido chefiado por um militar, o capitão de reserva do exército, Jair Bolsonaro, que tentou a reeleição, sem a conseguir, fazendo campanha supostamente apoiado pelas Forças Armadas.
Marcus Vinícius respondeu que o Exército, durante o mandato de Bolsonaro, teve relações institucionais com ele, em virtude de, na condição de Presidente, ser o comandante Supremo das Forças Armadas, mas nenhuma relação com o candidato militar que disputou a última eleição majoritária do país, em primeiro e segundo turnos.
“Nós acreditamos no processo eleitoral e respeitamos a vontade popular saída das urnas, mas o nosso foco, mesmo, é a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais. A gente está junto com o povo e mostrando a importância da nossa sociedade”, confessou o comandante.
A entrevista de Marcus Vinícius Bonifácio foi a propósito do Dia do Exército, transcorrido dia 19 de abril, quando também é registrado o Dia dos Povos Indígenas. O general revelou que o Exército Brasileiro no Amapá conta com mais de 30 militares indígenas, o que, segundo ele, estimula a prestação do serviço que as corporações desenvolvem na Amazônia.
O comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva também pontuou, na entrevista, a convivência que o Exército tem com os índios tiriós, através de seu destacamento na localização geográfica mais extrema do país na fronteira norte em área do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
Marcus Vinícius descreveu que na área da fronteira onde habitam os tiriós só há a natureza, os índios e os soldados do Exército Brasileiro. “Essa condição é muito emblemática, pois é um pelotão isolado que convive com nativos. São soldados que veem as suas famílias apenas de seis em seis meses”, concluiu.
Deixe seu comentário
Publicidade




