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Taxa de desocupação no Amapá é a mais alta do país no 3º trimestre, revela IBGE

A taxa de desocupação, no terceiro trimestre de 2018, dos que se declararam brancos (16,1%) e pretos (16,7%) ficou abaixo da média estadual (18,3%).


No Amapá, a taxa de desocupação foi de 18,3% no terceiro trimestre de 2018. Essa taxa permaneceu estável em relação ao segundo trimestre e foi a maior entre as Unidades da Federação. Esse é o quarto trimestre consecutivo em tal colocação. Em seguida ficaram Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,2%), Mato Grosso (6,7%) e Mato Grosso do Sul (7,2%).

 

No terceiro trimestre de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho amapaense (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial) foi de 33,5%, o que representa 138 mil pessoas. Piauí (39,9%), Maranhão (38,8%) e Bahia (38,5%) apresentaram as maiores taxas de subutilização e as menores taxas foram em Santa Catarina (11,2%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%).

 

O Amapá apresentou o menor contingente de desalentados no terceiro trimestre de 2018 com 11 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade, valor estatisticamente estável em relação ao 2º trimestre de 2018 (14 mil). Os maiores contingentes estavam na Bahia (794 mil pessoas) e no Maranhão (523 mil).

 

O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada), no terceiro trimestre de 2018, foi de 2,6%, estável em relação ao trimestre anterior (3,5%). Entre as unidades da federação, Maranhão (16,6%) e Alagoas (16,0%) tinham as maiores taxas de desalento e Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina (0,8%), as menores.

 

No setor privado do Amapá, 67,3% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada (estabilidade frente ao 3º trimestre de 2017). Os menores percentuais de empregados com carteira no setor privado estavam nas Regiões Nordeste (58,7%) e Norte (60,7%); o maior estava no Sul (83,4%). As UFs com os maiores percentuais foram Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (82,8%) e São Paulo (81,1%), e as menores ficaram com Maranhão (51,1%), Piauí (54,1%) e Paraíba (54,9%).

 

No 3º trimestre de 2018, eram 34 mil pessoas empregadas no setor privado sem carteira assinada no Amapá (32,7). Esse número cresceu 8,3% em relação ao trimestre anterior, uma alta de três mil pessoas. Frente ao 3º trimestre de 2017, esse aumento foi de 21% (6 mil pessoas). Entre as UFs, as maiores proporções foram no Maranhão (48,9%), Piauí (45,9%) e Paraíba (45,1%), e as menores foram em Santa Catarina (11,6%), Rio Grande do Sul (17,2%) e São Paulo (18,9%).

 

No terceiro trimestre de 2018, 308 mil pessoas estavam ocupadas, sendo 64,3% de empregados (incluindo empregados domésticos), 2,4% de empregadores, 31,5% de pessoas que trabalharam por conta própria e 1,8% de trabalhadores familiares auxiliares. As regiões Norte (32,4%) e Nordeste (29,0%) apresentaram os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria. Entre as UFs, os maiores percentuais foram do Pará (34,6%), Maranhão (33,8%) e Amazonas (33,0%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (19,4%), São Paulo (21,4%) e Santa Catarina (22,1%).

 

Mulheres têm menor nível de ocupação que os homens
No terceiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar no Amapá (50,8%). Porém, entre as pessoas ocupadas, predominavam os homens (60,2%).

 

O nível da ocupação dos homens no Amapá foi de 61,4% e o das mulheres de 39,4%, no terceiro trimestre de 2018. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (22,5 pontos percentuais), e para o Sudeste, com a menor diferença (18,2 pontos percentuais).

 

Já na população desocupada, no terceiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria no Amapá (53,7%). Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era superior ao de homens. A exceção foi a região Nordeste (47,7%). Na Região Centro-Oeste, o percentual das mulheres foi o maior: elas representavam 54,4% das pessoas desocupadas.
A taxa de desocupação no Amapá, no terceiro trimestre de 2018, foi de 18,3%, mas com diferenças significativas entre homens (14,7%) e mulheres (23,2%). Este comportamento foi observado nas cinco Grandes Regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, no Amapá (64,2%) e isso se repetiu tanto na média nacional (66,2%) quanto em todas as regiões.

 

Taxa de desocupação para pretos e pardos é maior que a taxa nacional
O contingente dos desocupados no Amapá no 1º trimestre de 2012 era de 39 mil pessoas, quando os pardos representavam 72% dessa população, seguidos dos brancos (22,9%) e dos pretos (4,7%). No terceiro trimestre de 2018, esse contingente subiu para 69 mil pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 75,8%; a dos brancos reduziu para 14,2% e dos pretos subiu para 8,8%.

 

A taxa de desocupação, no terceiro trimestre de 2018, dos que se declararam brancos (16,1%) e pretos (16,7%) ficou abaixo da média estadual (18,3%). Porém, a dos pardos (18,9%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 12,5%, a dos pretos correspondia a 7,4%, a dos pardos a 12,7% e a dos brancos era 13,8%. No terceiro trimestre de 2018, os pardos representavam 76,8% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (16,5%) e pelos pretos (6,5%).

 

Rendimento médio permaneceu estável
No terceiro trimestre de 2018, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 1.864. Houve estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 1.985) Essa diferença de R$ 121 (-6,1%) não é considerada estatisticamente significante. Entretanto, apresentou decréscimo em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.282). Uma perda de 11,6% (-R$ 277). O material de apoio desta divulgação está disponível em:

www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.


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