Cidades

Taxa de desocupação reduz 3,3 pontos percentuais no Amapá, mas ainda é a segunda mais alta do país no 2º trimestre de 2019, diz IBGE

Número de pessoas pressionando o mercado de trabalho por uma vaga proporcionalmente ao total de pessoas na força de trabalho reduziu no período


No Amapá a taxa de desocupação foi de 16,9% no trimestre de abril a junho de 2019. A taxe de desocupação (percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho) apresentou queda frente ao trimestre anterior (janeiro a março de 2019), assim como em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (abril a junho de 2018). Esse é o menor patamar desde o quarto trimestre de 2017.

A diferença da taxa de desocupação relativa ao trimestre anterior foi de -3,3%, o que significa que o número de pessoas pressionando o mercado de trabalho por uma vaga proporcionalmente ao total de pessoas na força de trabalho reduziu no período.

Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, apresentou diferença de -4,4%, o que também representa queda na taxa quando comparada ao mesmo período de 2018.

Em números absolutos, a PNAD Contínua estima que havia 68 mil desocupados no último trimestre. Ou seja, 68 mil pessoas estavam sem trabalho na semana de referência e tomaram alguma medida para conseguir emprego no período de 30 dias, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.

Nível de ocupação
O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar (aquelas com 14 anos ou mais na data de referência), foi de 52,5%. Isto significa que, do total de 640 mil pessoas em idade de trabalhar, 336 mil estavam ocupadas. Houve crescimento tanto frente ao trimestre anterior, 49,3%, assim como em relação ao mesmo trimestre de 2018, 47,7%.

Taxa de participação na força de trabalho
A taxa de participação na força de trabalho, total de pessoas na força de trabalho (ocupadas ou desocupadas) em relação à população em idade de trabalhar, foi de 63,1%, apresentando estabilidade tanto frente ao trimestre anterior, 61,7%, como em relação ao mesmo trimestre de 2018, 60,6%.

Pessoas ocupadas por posição na ocupação
No trimestre de abril a junho de 2019 havia 336 mil pessoas ocupadas no Amapá. Desse total, estima-se que nove mil eram empregadores. Dentre eles 6 mil estavam registrados no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Os demais 3 mil atuavam sem cadastro. É classificada como empregadora a pessoa que trabalhava explorando seu próprio negócio ou empresa, com ou sem sócio, tendo pelo menos um empregado. Pode contar, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado que seja parente ou morador de seu domicílio.

No último trimestre, 118 mil declararam-se trabalhadores por conta própria. Essa é a segunda mais alta proporção entre as Unidades da Federação. Sete mil estavam cadastrados no CNPJ e 111 mil atuavam sem cadastro. Trabalhador por conta própria é aquele que explora seu próprio negócio ou empresa sem empregados. Assim como o empregador,  também pode ter ajuda não remunerada de parentes ou membros de seu domicílio.

Os empregados do setor privado (exceto trabalhadores domésticos) eram 102 mil. Destes, 64 mil tinham carteira de trabalho assinada (62,7%). 38 mil atuavam sem carteira (37,3%). Na categoria incluem-se as pessoas que trabalhavam para um empregador (pessoa física ou jurídica) do setor privado recebendo remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou benefícios.

Os trabalhadores domésticos, especificamente, somavam 20 mil. Quatro mil tinham carteira de trabalho assinada, e 16 mil prestavam serviço doméstico sem carteira. O conceito de trabalhador doméstico engloba os profissionais que prestam serviço a um ou mais domicílios.

O total de trabalhadores familiares em auxílio a parentes ou moradores do mesmo domicílio foi de 16 mil no trimestre. O grupo é composto por pessoas que trabalharam em ajuda a familiares, independente de residirem no seu domicílio, sem receber remuneração. Os familiares auxiliados podem trabalhar como empregados no setor privado, trabalhadores domésticos, ou até mesmo como empregadores ou trabalharem por conta própria.

Já os empregados no setor público eram 71 mil no período de abril a junho de 2019. São consideradas empregadas no setor público as pessoas que trabalhavam para o governo em qualquer esfera: municipal, estadual ou federal. O conceito abrange, além das entidades da administração direta, as fundações, autarquias, empresas públicas e empresas de economia mista. Inclui, ainda, os conselhos de classes profissionais, com devidas exceções.

Principais variações por grupo de ocupados
Em comparação ao trimestre anterior (janeiro a março de 2019), as principais variações, em milhares de pessoas ocupadas, se deram nos grupos dos empregados do setor privado sem carteira assinada (exceto trabalhadores domésticos), em que houve crescimento de 7 mil pessoas ocupadas; empregados no setor público, em que houve crescimento de 9 mil pessoas ocupadas; e trabalhadores por conta própria, em que houve crescimento de 14 mil pessoas ocupadas.

Em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior (abril a junho de 2018), as principais variações se deram nos grupos dos trabalhadores por conta própria, em que houve crescimento de 30 mil pessoas ocupadas; trabalhadores por conta própria sem CNPJ, em que houve crescimento de 28 mil pessoas ocupadas; e trabalhadores familiares auxiliares, em que houve crescimento de 9 mil pessoas ocupadas.

Força de trabalho
A força de trabalho é composta pelos ocupados, subocupados por insuficiência de horas e desocupados. No Amapá, 371 mil compunham esse grupo no trimestre de abril a junho de 2019.

Os subocupados por insuficiência de horas são a parcela dos ocupados que, na semana de referência, trabalharam menos de 40 horas e apresentaram disponibilidade e interesse em trabalhar mais. Ou seja, são pessoas que, apesar de estarem inseridas no mercado de trabalho, encontravam-se subutilizadas.

São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho sem remuneração direta, em ajuda a atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
Classificam-se como desocupadas as pessoas sem trabalho (que gera rendimentos para o domicílio) na semana de referência, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo naquela semana. Consideram-se como desocupadas, também, as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias porque já haviam conseguido trabalho que iriam começar após a semana de referência.
Força de trabalho potencial
A força de trabalho potencial é composta pelos desalentados e indisponíveis. De abril a junho de 2019, havia 41 mil pessoas neste grupo, sendo 13 mil desalentados e 28 mil indisponíveis.
Desalentados são as pessoas que não trabalharam na semana de referência e não procuraram emprego no período de 30 dias, porém tinham interesse e disponibilidade para trabalhar naquela semana. Essas pessoas, juntamente aos desocupados, estão ociosas e interessadas em trabalhar. Entretanto, não pressionaram o mercado de trabalho por uma vaga.
Indisponíveis são pessoas que gostariam de trabalhar, porém não tinham disponibilidade para assumir qualquer posto de trabalho na semana de referência, mesmo que houvessem procurado emprego no período de 30 dias.
Força de trabalho ampliada
A força de trabalho ampliada é a junção da força de trabalho com a força de trabalho potencial. É utilizada para evidenciar a subutilização da força de trabalho.
Subutilização da Força de Trabalho
A taxa de subutilização da força de trabalho no Amapá no trimestre de abril a junho de 2019 foi de 36,2%. Isso significa que 16l mil pessoas estavam na condição de subocupadas por insuficiência de horas, desocupadas, indisponíveis ou desalentadas. (Unidade Estadual do IBGE no Amapá com compilação e texto da Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte)


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