Cidades

Terceirizados da saúde fazem protesto cobrando salários atrasados

Manifestantes deflagraram greve por tempo indeterminado


Servidores de duas empresas terceirizadas que prestam serviços à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) protestaram em frente ao prédio da secretaria na manhã desta sexta-feira (25) cobrando pagamento de salários atrasados.

Segundo o Sindicato de Asseio e Conservação do Estado do Amapá (Stacap), são três meses de salários não pagos. “Temos cerca de 700 trabalhadores que prestam serviços como auxiliar de serviços gerais, atendentes, recepcionistas, maqueiros e outros. Já estamos entrando no terceiro mês sem receber os proventos. Pior é que ninguém dá ao menos uma satisfação. Temos famílias passando fome por causa disso. Alguns companheiros estão doentes e outros já foram até despejados de seus imóveis. Estamos decretando greve por tempo indeterminado”, disse o presidente do Stacap, Júnior Leitão.

A manifestação interrompeu o tráfego de veículos na Avenida FAB, o que causou tumulto. O trânsito precisou ser desviado. A Polícia Militar foi até o local para negociar a liberação da pista. A manifestação ocorreu de forma pacífica.

Segundo a Sesa, existe, sim, um atraso no repasse, mas ele não chega há dois meses. A secretaria também informou que as empresas vencedoras de licitações têm – por contrato – obrigação de assegurar o pagamento de seus funcionários por três meses, de acordo com o que elas [empresas] demonstraram durante o processo de licitação. É o chamado ‘caução’, cujo termo é usado, genericamente, para indicar as várias formas de garantias usadas para a concretização de um ato, quer negociado entre as partes, quer por exigência judicial ou mesmo de cunho legal.

A secretaria também afirmou ter recebido um grupo de lideres da manifestação e justificou o atraso em decorrência de problema orçamentário, mas assegurando que até a próxima semana fará a quitação dos valores devidos. Já o sindicato diz que vai manter os 30% dos trabalhadores nos postos de serviço, assegurado pela lei de greve, e que só suspenderá o movimento assim que os valores estiverem nas contas dos prestadores de serviço.

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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