Cidades

“Todo mecanismo que a gente tiver à disposição, temos que usar”, avalia médico responsável pelo Centro Covid-19 em Santana

André Franco é de Goiânia (GO) e veio para o Amapá coordenar a terceira unidade especializada em tratamento contra o coronavírus, no município de Santana. Médico considera positivo o protocolo próprio criado pelo estado para tratar a doença.


Railana Pantoja
Da Redação

 

O médico André Franco Ribeiro, diretor do Centro de Atenção à Covid-19 no município de Santana, avaliou na manhã desta quinta-feira (14) no programa radiofônico Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9) que nesse momento de pandemia é importante usar “todo mecanismo que a gente tiver à disposição”. O médico, que é de Goiânia (GO), considera positivo o protocolo próprio que o Amapá criou para tratar a Covid-19.

 

“O estado do Amapá tem um próprio protocolo de atendimento. Ele é a Hidrocloroquina mais a Azitromicina, Annita ou o Ivermectina. A última pandemia que tivemos foi a da Gripe Espanhola, em 1918, ou seja, tem 102 anos. Naquela época a gente não tinha essa mobilidade social tão grande e ela persistiu por dois anos, morreram 50 milhões de pessoas. Nós não podemos chegar num número desse, estamos trabalhando para reduzir os casos graves e fatais. Então, todo mecanismo que a gente tiver à disposição, temos que usar”,  falou.

De acordo com André, é preciso arriscar. “Até decidirem se é bom ou não,  nós temos que usar e dar essa chance para o paciente, temos que permitir que o paciente tenha chance de se curar. Então, nós vamos usar que estiver à disposição, dentro do quadro de ética e autorizado pelo Ministério da Saúde  vamos utilizar para tratamento desses pacientes”, complementou.

 

Reinfecção

 

Alguns estudos mostram que algumas pessoas curadas da Covid-19 foram contaminadas novamente. “Todos os estudos que temos até hoje dizem que se você tem uma doença viral, você se torna imune a ela, isso é verdade e não tem o que contestar. Até agora foram prescritos no mundo apenas dois casos de reinfecção. A minha dúvida é a seguinte: todos sabem que o vírus é altamente mutável, será que essa nova infecção já não é uma mutação da Covid-19? O coronavírus é um vírus presente até nos cachorros, só que em outra versão, pois ele foi passando por mutação. O fato de algumas pessoas serem reinfectadas, como ocorreu no Japão, já nos faz pensar se não é outra mutação da Covid-19. Mas isso foram exceções”, analisa.

 

Temperatura

Algumas hipóteses de que o vírus não sobreviveria em regiões quentes já são descartadas.Isso é totalmente abandonado, na Itália se alastrou em época de inverno, e em Manaus a temperatura é totalmente oposta e se alastrou também. Beber água quente não mata o vírus, o que mata são os anticorpos, a defesa do organismo. O que a gente faz é tentar ajudar seu organismo resistir até que seus anticorpos consigam destruir o vírus”, finaliza André.


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