Transporte por tração animal em Macapá
Carroceiros foram importantes na mobilidade e transporte de pessoas e cargas, quando automóvel era coisa rara na cidade

Nas décadas de 1950 e 1960, o transporte por meio de tração animal tinha um papel importante na economia de Macapá.
Os carroceiros eram bastante procurados, principalmente por pessoas de baixo poder aquisitivo.
Eles transportavam tudo o quê fosse necessário: realizavam mudanças de uma casa para outra, faziam entregas em estabelecimentos comerciais e levavam frutas e verduras para o Mercado Central, além de atender pequenas feiras.
Os carroceiros se posicionavam em locais estratégicos no entorno da Cândido Mendes, então principal polo comercial da cidade.
No entanto, o ponto preferido deles ficava onde hoje está o canal da Mendonça Furtado. Por ali chegavam o açaí, a farinha, o pescado e uma grande variedade de produtos.
Nesse local, o trabalho dependia diretamente da maré: somente com o igarapé cheio havia possibilidade de atracação das embarcações que vinham do outro lado do rio, das ilhas do vizinho estado do Pará.
Com o tempo, esse ciclo chegou ao fim. A urbanização da cidade e a criação de leis de proteção aos animais contribuíram para o desaparecimento dessa atividade.
Ficaram apenas os registros históricos de um tempo que não volta mais, mas cuja importância é reconhecida por ter impulsionado o setor de transporte local.
Os cavalos tiveram papel essencial nesse contexto, auxiliando no transporte de bagagens, carregando pertences ou levando o próprio indivíduo montado, o que tornava as viagens menos cansativas e mais rápidas, especialmente as de longa distância.
Esse momento da história foi crucial para o desenvolvimento do homem, pois conduziu à expansão territorial e foi fundamental para a invenção da carroça, puxada por cavalos ou bois, com a ajuda da roda, invenção humana que vem de quase cinco séculos antes de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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