Cidades

UBSs Covid em Macapá voltam a atender mil pessoas por dia

Informações sobre a situação epidemiológica da capital foram apresentadas na manhã desta quinta-feira (3), pelo prefeito de Macapá, Clécio Luís, durante participação no programa Luiz Melo Entrevista (Diário FM 90,9).


Foto: Joelson Palheta/DA

Railana Pantoja
Da Redação

Na manhã desta quinta-feira (3), o prefeito de Macapá, Clécio Luís (sem partido), apresentou informações epidemiológicas sobre o novo coronavírus na capital e confirmou as altas que estão sendo observadas há mais de três semanas. Segundo Clécio, durante o período de estabilidade nos últimos meses as Unidades atendiam uma média de 400 pacientes por dia, mas isso aumentou de forma significativa em novembro.

“Aumentamos muito o número de atendimentos nas UBSs, voltamos para o patamar de mil atendimentos por dia. Grande parte desses atendidos recebe o kit de tratamento, isso significa que o médico, seja por comprovação de teste ou diagnóstico clínico, entende que o paciente está com covid. Estamos com uma taxa alta, de mais de 30%, de positividade. Também aumentou muito o número de transferência para unidades hospitalares e, infelizmente, o número de óbitos”, detalhou Clécio Luís, prefeito de Macapá.

De acordo com o prefeito, as duas últimas semanas apresentaram um comportamento comum: procura tardia por atendimento médico.

“Já chegam à UBS em estado grave. Então, a gente alerta e faz o apelo: se proteja, usando máscara, fazendo higiene pessoal e evitando aglomerações. Mas, se sentir algum sintoma, procure imediatamente a UBS. Nossas equipes de saúde relatam que muitas pessoas já chegam à Unidade na terceira etapa de contaminação, a fase da tempestade inflamatória, então, esse tipo de paciente já vai requerer leito clínico ou até mesmo uma UTI”, frisou.

O boletim divulgado nesta quarta-feira (2) mostra que Macapá tem 23.957 casos positivos de Covid-19, sendo 18.900 pessoas recuperadas; 582 óbitos confirmados e 72 seguem em investigação epidemiológica.

“O decreto só normatiza as ações nesse período, mas é importante que as pessoas entendam e levem a sério a situação, para que a gente preserve esse mês de dezembro, que tem um significado especial para muitos. Vamos preservar, para que não seja preciso tomar medidas severas”, pediu o prefeito.

Questionado sobre um retorno do lockdown em Macapá, como ocorreu no começo da pandemia, Clécio pondera que os momentos são diferentes.

“Desde o começo da pandemia, quando me perguntavam isso, eu nunca descartei. Mas, nós evitamos ao máximo. Eu, particularmente, não vejo condições de se decretar lockdown novamente, a gente vive um momento diferente. No começo, as pessoas não estavam infectadas, tínhamos uma população inteira com potencial de infecção. Também não tinha ocorrido uma paralisação das atividades e um número grande de pessoas que precisam de saúde mental, em virtude das perdas de empregos, entes queridos, estabelecimentos; agora, nós não podemos simplesmente fechar tudo. Acreditamos que metade da população já pegou o vírus, dizemos isso em cima de alguns métodos de avaliação que dizem que para cada pessoa contaminada, existem de 9 a 10 subnotificadas”, finalizou Clécio Luís.


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