Cidades

“Um cenário de muito sofrimento e destruição”, diz major bombeiro sobre Rio Grande do Sul

Militares amapaenses chegaram domingo, 12, e já fizeram transporte de amapaenses que estavam em tratamento na cidade de Porto Alegre



Elen Costa

Da Redação

 

As equipes de busca, salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros do Amapá chegaram ao Rio Grande do Sul nesse domingo, 12, e como primeira atribuição da ajuda humanitária para a qual foram escalados fizeram o transporte de sete pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) do estado, todos amapaenses, para Florianópolis, em Santa Catarina.

 

 

“Esses pacientes estavam fazendo tratamento e, devido ao desastre ambiental, precisaram ser retirados, imediatamente, para continuarem o tratamento em outro estado”, disse o major Aderaldo Leite, que comanda as equipes.

 

Foram cinco dias de viagem pelas estradas federais do Pará, Maranhão, Goiás e cidades catarinenses, até chegar ao destino, que são os municípios afetados pelas chuvas intensas e enchentes.

 

 

 

“Mesmo cansados, não medimos esforços para ajudar o nosso povo que está em busca de assistência médica fora do Amapá. Viajamos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, até Florianópolis, em Santa Catarina. Foram mais de quinhentos quilômetros de estrada durante a madrugada, e debaixo de chuvas intensas, mas todos os pacientes chegaram bem no aeroporto”, detalhou Leite.

 

Os militares do Corpo de Bombeiros receberam, também, donativos como cestas básicas e água, que foram levados pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) para serem distribuídas aos pacientes do TFD/AP no Rio Grande de Sul.

 

 

A bordo de um carro anfíbio, eles fizeram o reconhecimento das áreas afetadas pela enchente no centro da cidade de Porto Alegre e busca por eventuais vítimas.

 

“O cenário que encontramos aqui é de muito sofrimento e destruição. Um verdadeiro caos. Inclusive, tem muitas viaturas em baixo d’água. Mas, por outro lado, vemos ajuda forte e a integração das forças de segurança. Os corpos de bombeiros do Brasil todos atuando juntos para salvar e resgatar o máximo de vítimas possível”, ponderou o comandante da equipe do Amapá, acrescentando que o serviço dos voluntários civis é bastante intenso, seja entregando mantimentos, retirando pessoas de áreas afetadas pela enchente e disponibilizando embarcações e equipamentos.

 

 

As chuvas continuam caindo sobre o estado do Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, com mais intensidade. Mesmo assim, há famílias que insistem em permanecer em suas casas.

 

“O Corpo de Bombeiros está indo nessas residências, fazendo o trabalho educativo e de orientação para retirar essas pessoas e colocá-las em locais seguros”, revelou o oficial.

 

Na manhã desta segunda-feira, 13, as equipes do Amapá se deslocaram até à cidade de Bento Gonçalves, onde, segundo informações, teve deslizamento de terras.

 

“Nossa atividade nessa região colapsada será de busca por pessoas desaparecidas e que, provavelmente, estejam soterradas”, adiantou o major.

 

Os profissionais, experientes e capacitados para esse tipo de catástrofe, saíram do Amapá na segunda-feira, 6. As equipes foram de balsa até Belém, no Pará, e depois seguiram viagem por terra.

 

 

Além dos bombeiros, o estado também enviou material de suporte, como viaturas, equipamentos de proteção individual (EPIs), barracas e mantimentos.

 

Números de vítimas

Conforme o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 143 pessoas morreram nas enchentes que afetaram 446 municípios gaúchos.

 

Ainda estão desaparecidas 125 pessoas e há 806 feridas. No total, as enchentes afetaram 2.115.704 pessoas. Estão desalojadas 537.380 e 81.170 estão em abrigos.

 

Profissionais e voluntários de todo o país que trabalham no estado resgataram até o momento 76.399 pessoas e 10.555 animais. As equipes somam 27.589 pessoas, com auxílio de 4.398 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.

 

 


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