Unidade de Pronto Atendimento da Zona Sul pode fechar por falta de recursos financeiros; secretário nega
Uma fonte do IBGH informou que a Secretaria de Saúde do estado (SESA) está com quatro meses que não faz nenhum tipo de repasse a empresa gestora da unidade. Estão atrasados os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro (ainda não vencido). O último repasse foi feito em agosto.

A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas – UPA Zona Sul de Macapá –, inaugurada há pouco mais de seis meses, pode fechar as portas até o fim desse ano, por falta de repasse de recursos por parte do governo do Amapá ao Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) que administra a unidade.
Profissionais da entidade gestora afirmam que a falta de repasse já compromete os serviços prestados pela UPA. Medicamentos também já começam a faltar.
Sem receber, empresas terceirizadas estão dando aviso prévio aos colaboradores. Muitos estão sem receber faz quatro meses e trabalhando insatisfeitos, pois passaram o Natal sem comida na mesa e com muitas dificuldades juntos de seus familiares. Diante da situação, o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar já pensa em desistir do contrato e fechar as portas da UPA.
Colocada em funcionamento em maio deste ano, a UPA da Zona Sul, que recebeu o nome do falecido médico Gilson Rocha, tinha a proposta de aumentar em 4,5 mil atendimentos mensais a capacidade da rede pública estadual de saúde. Com modelo de gestão compartilhada com uma Organização Social de Saúde (OSS) e, funcionamento 24 horas por dia, a unidade atende a adultos e crianças em casos de urgência e emergência, em baixa e média complexidade.
Modelo de gestão
A UPA tem a gestão em coparticipação com o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar – Organização Social de Saúde. Criada em setembro de 2013, a entidade contratada pelo governo do Amapá administra outras três unidades de saúde no Brasil: Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ), em Pirenópolis (GO), a Unidade de Alta Complexidade Hospital de Urgências do Sudoe ste Goiano, em Santa Helena (GO) e o Hospital Estadual de Jaraguá, também em Goiás. As OSs não têm finalidade lucrativa, colaboram com a administração para realização do serviço público.
O governo o diz que a gestão do IBGH é monitorada e avaliada por um conselho fiscalizador, formado por servidores da Sesa, mediante apresentação mensal de mapa de produção, indicadores de qualidade que abrangem métricas como tempo de espera para atendimento, nível de satisfação do usuário e outros critérios.
SECRETÁRIO NEGA FECHAMENTO – Falando na tarde desta quinta-feira (27) no programa Ensaio Geral, na Rádio Diario FM – 90.9, apresentado por Ivo Cannuty, o secretário Gastão Calandrini, da Saúde reconheceu o atraso nos repasses, mas disse não ter conhecimento da ameaça de fechamento da UPA. Segundo Calandrini, a dificuldade em honrar o pagamento vem sendo provocada por quedas seguidas nos repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados) para o governo do Amapá, mas acenou com a possibilidade de resolver parte do problema nesta sexta-feira, último dia de expediente bancário do ano.
Sobre aviso prévio que empregados de empresas contratadas pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar, Calandrini informou não ter conhecimento do caso, mas disse se tratar de uma relação entre o IBGH e seus contratados.
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