Cidades

Unifap aguarda nomeação de comissão para iniciar processo administrativo disciplinar contra professora Sheylla Susan

A infração disciplinar cometida, em tese, pela servidora, pode gerar pena de demissão dos quadros da universidade.


 

Paulo Silva
Da Redação

 

A Corregedoria da Universidade Federal do Amapá (Unifap) aguarda a nomeação dos integrantes da comissão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para iniciar os procedimentos de investigação envolvendo a professora bolsonarista Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida, do curso de Farmácia da instituição.

 

Os nomes para compor a comissão já foram sugeridos pelo corregedor Dorival Santos. Além dele, a comissão deve ter a professora Cristina Maria Baddini Lucas e o assistente de administração Alessandro Monte de Oliveira.

 

No dia 2 de novembro, a professora comunicou, por meio de um grupo de Whatsapp, que não orientaria mais alunos “esquerdistas”. A mensagem foi direcionada aos alunos Líbio José Tapajós Mota e Débora Regina Arraes dos Santos, entretanto, também demonstrou que não admitiria, no laboratório do curso, estudantes que fossem contrários ao seu posicionamento político.

 

“Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo ou contra mim”, disse Sheylla por mensagem. Após a repercussão nacional, a professora escreveu um pedido de desculpas em uma rede social. Segundo ela, foi um sentimento instantâneo que se excedeu “no calor das eleições”.

 

Depois disso, ela pediu afastamento do trabalho, alegando que precisava cuidar da saúde. Os dois alunos prestaram depoimentos confirmando a autenticidade e veracidade da notícia que ganhou repercussão nacional e internacional.

 

De acordo com o corregedor, se analisará a gravidade e natureza da infração cometida, em tese, e em seguida se fará analise de prescrição, sua tipificação prévia e recomendar-se-á qual o procedimento apuratório a ser tomado.

 

Em relatório com data de 16 de novembro, Dorival Santos recomenda que a Universidade Federal do Amapá, através dos seus órgãos jurídicos competentes, faça representação junto ao Ministério Público Federal do ilícito penal praticado, em tese, pela servidora Sheylla Susan Moreira.

 


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