Cidades

Vigilância Sanitária disponibiliza agentes de endemias para reforçar vacinação no Amapá

Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas um município, no estado, Mazagão, está abaixo da metade da meta de imunização, com 48,70%.


O diretor executivo da Superintendência de Vigilância Sanitária (SVS), Emanuel Bentes, afirmou na manhã desta quinta-feira (15) no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90,9) que, apesar do Amapá possuir apenas um município cuja meta de vacinação está abaixo da metade, a SVS disponibilizou mais de 150 agentes de endemias para reforçar a campanha de vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo nos 16 municípios amapaenses.

 

“Nós iniciamos a campanha no dia 6 de agosto e se estende até dia 30, e o Dia D acontece neste sábado (18). Nós estamos com ampla mobilização em todos os 16 municípios, inclusive disponibilizamos mais de 150 agentes de endemias que foram contratados recentemente, para que possamos estimular a população a vacinar as crianças, por causa do elevado risco de propagação em função do êxodo de venezuelanos para as fronteiras do Norte do país; infelizmente em Mazagão a cobertura vacinal tem sido muito baixa e estamos trabalhando na sensibilização da população para a necessidade de proteger as crianças dessas doenças”, ressasltou.

 


Ainda segundo Emanuel Bentes, neste sábado, além dos postos instalados em todos os municípios, Macapá também terá o reforço de três salas de vacina no Conjunto Macapaba, que funcionarão na Escola Estadual Marly Maria de Souza da Silva. “Em torno de 25 mil pessoas moram no conjunto, e vamos trabalhar esses moradores para que possamos aumentar a cobertura vacinal”, completou.

 

Baixa cobertura
O Ministério da Saúde alertou nesta semana para a baixa cobertura vacinal contra poliomielite em 312 cidades de todo o Brasil, sendo 30 da Região Norte. No Amapá, apenas o município de Mazagão, a 32 quilômetros da capital, ficou abaixo da metade de imunizados, com 48,70%. Os dados são referentes a 2017 e a recomendação é que 95% das crianças recebam as doses.

 

A Secretaria de Saúde de Mazagão explicou que nos últimos anos a prefeitura tem enfrentado problemas no envio das informações de vacinados ao governo federal pela internet, e que o indicador divulgado não reflete a realidade no município, que tem quatro salas de vacina.

 

“Estamos realizando as campanhas, fazendo vacinação todos os dias. Foram levados os nossos computadores para análise, porque enviamos os dados, mas eles não eram contabilizados. Mesmo assim temos esses números catalogados”, detalhou Jéssica Monteiro, secretária de saúde do município.

 

O governo ressalta que não há casos de paralisia infantil no Brasil. O último registro do vírus selvagem foi feito 1989 em Souza, na Paraíba. A ação, no entanto, tem o objetivo de evitar um possível retorno da doença. Um caso foi registrado na Venezuela em junho e, nos últimos anos, o vírus circulou em mais de 23 países.

 

Aplicação
A vacina é aplicada na infância em três doses injetáveis e mais uma dose oral. Nas cidades abaixo da meta de vacinação, o MS orienta os gestores a reorganizar o cronograma e os horários. A poliomelite não tem cura e tem consequencias levadas por toda a vida.

 

“A criança dorme saudável e no outro dia pode acordar com seus membros paralíticos e ela nunca mais pode andar. E não tem cura. O Ministério elabora a política de vacinação, o calendário, as vacinas mais importantes, mas quem executa são os municípios”, explicou Carla Rodrigues coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.


Deixe seu comentário


Publicidade