Vítima da covid-19, morre no Rio de Janeiro o escritor Leão Moysés Zagury
Ele era membro da Associação Amapaense de Escritores tendo participado de projetos literários e culturais em Macapá

Morreu na noite de sexta-feira (9), na cidade do Rio de Janeiro, aos 67 anos, o escritor Leão Moysés Zagury. Ele era filho do saudoso empresário Moysés Zagury, da antiga Casa Leão do Norte, no centro velho de Macapá.
Leão nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de fevereiro de 1954, de família amapaense. Estudou parte de sua infância em Macapá, tendo concluído o antigo ginasial, o segundo grau e a Faculdade de Letras na cidade do Rio de Janeiro.
No ano de 1991 Moysés lançou em Macapá o livro de poemas “Ciranda Matinal”, e posteriormente as obras: “Cidade Sem Rosto” (poemas), “Ciranda Matinal” (poesias, e outros textos) volumes 1 e 2 e “Caderno Literário” – volume 1 ( ensaios e crônicas).
Em seu histórico de atividades Leão Zagury possui: noites de autógrafos, reuniões no Clube dos Poetas, entrevistas na mídia (rádio, televisão e jornais), palestras em faculdades e escolas.
Leão produziu trabalhos de suas atividades em vídeo com a produtora Rec Vídeo.
Em 1997, lançou o livro de poesias “Ciranda Matinal 2” na Biblioteca Estadual Elcy Lacerda em Macapá, e era membro da Associação Amapaense de Escritores (APES) tendo participado de projetos literários e culturais, durante todo o tempo em que residiu em Macapá.
Entrevista
Em janeiro de 2016, ao lançar o livro “Novidade” (poemas), Leão Zagury deu essa entrevista ao blog “Divulgando Livros e Autores da Scortecci” do Portal do Escritor.
Olá Leão Moysés. É um prazer contar com a sua participação. Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro é de poesias.
Tive a ideia para escrever observando o mundo em que me cercava na cidade de Macapá sem deixar de abordar uma temática universal de fácil entendimento para o leitor(a),todavia sem deixar a qualidade de lado. Ele é profundo no sentido mais amplo.
O público ao qual esta obra é destinada são estudantes de literatura de segundo grau, faculdades de Letras e do público em geral.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Este livro é o primeiro feito no Rio de Janeiro.
Pretendo realizar outras obras quer de poesia ou de outros gêneros literários. Na verdade este primeiro livro aqui lançado representa a continuidade do ótimo trabalho feito em Macapá. Ele é a continuidade desse trabalho.
Pretendo deixar aqui toda uma ideia para um futuro ainda melhor.
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Isso me entristece, pois o Brasil é rico em cultura, apesar de sua imensa pobreza. Faltam bons leitores que saibam como ler um livro, escolas de formação para o leitor desde os anos de escola e para isso o apoio da escola é fundamental.
O contato com os livros deve ser iniciado desde cedo. Isso ainda é difícil, pois nosso País é pobre, apesar de seu imenso potencial no que estou mencionando.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci a editora Scortecci, através de um amigo que me falou que tinha uma obra publicada por ela. Fiquei interessado também ao saber da divulgação e seriedade da proposta de trabalho da editora.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O livro merece ser lido por apresentar uma nova forma de leitura, repleta de imagística e simbolismo, afim de deixar uma ótima impressão para quem o lê.
Minha mensagem para os leitores é a de aproveitarem ao máximo a leitura, pois traz um forte lirismo e atualidade temática. Tudo sem ser piegas.
Deixe seu comentário
Publicidade
