Vitrine Tecnológica apresenta métodos eficientes para produtores na 3ª ExpoVale

Dentro da 3ª ExpoVale, que está sendo realizada pelo Governo do Amapá no Parque de Exposição da Associação dos Criadores do Vale do Jari (Crivaj), no município de Laranjal do Jari, de 4 a 7 de julho, existe um espaço para apresentar aos visitantes as tecnologias e os estudos que os órgãos que trabalham com o desenvolvimento rural possuem, a Vitrine Tecnológica.

 

A programação técnica é uma das principais diretrizes do Circuito TecnoAgro Amapá, por conta da importância de difundir o conhecimento e aproximar mais os produtores do interior do estado com a realidade tecnológica existente no país. O ambiente foi organizado para que o visitante pudesse visitar cada estande de forma progressiva, relacionando cada tecnologia e método com a cadeia produtiva rural.

 

Na Vitrine existem estandes de agroextrativismo, ração regional, micropropagação de mudas in vitro, energia solar, hidroponia, viveiro de mudas, insumos orgânicos, um escritório móvel de Atendimento a Extensionistas Rurais, criação de galinha caipira e piscicultura.

Na manhã dessa sexta-feira, 6, foi realizado o curso de produção de insumos para sistemas agroecológicos, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O engenheiro agrônomo Wardsson Borges, pesquisador da Embrapa, explica que os produtores da região sul já usam as técnicas, porém precisam aprimorar, além de que insumos orgânicos são altamente sustentáveis e possuem baixo custo para os produtores.

 

“Aqui estamos apresentando aos produtores os insumos orgânicos para o sistema de produção agroecológica. Fiquei muito animado com o público, temos produtores, estudantes e filhos de produtores. Alguns já usam os insumos orgânicos, porém de forma errada, agora eles têm mais informações sobre a melhor forma de dosar e usar a composição do adubo”, ressaltou.

 

A produtora Iris do Socorro, 55 anos, trabalha em uma associação de Vitória do Jari. Ela afirma que as novas técnicas vão beneficiar os produtores. “Viemos de Vitória do Jari, em um grupo de 15 produtores, buscando mais informações sobre como melhorar a nossa produção e aumentar a nossa renda. Aprendi bastante com essas técnicas de insumos orgânicos e vamos com certeza usar no nosso dia a dia”, disse.

 

Em paralelo, também foi realizada a oficina de manejo, na Acrivaj, e demonstração de método de boas práticas de sanidade animal, na Fazenda Zanotto, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e pela Secretaria de Desenvolvimento Rural do Amapá (SDR). O médico veterinário Adamo Araújo, auditor fiscal da Diagro, disse que a não realização do evento por anos foi um problema para os produtores.

 

“A gente estava frustrado por esse evento não ser realizado há bastante tempo. A participação dos jovens é essencial, pois eles aprendem e repassam essas informações aos pais produtores. Aqui em Laranjal do Jari e em Vitória [do Jari] existe uma pecuária forte, com gado de qualidade então há um interesse grande nisso tudo, pois é uma fonte de renda boa pra eles. Com o Amapá livre de febre aftosa e a proximidade com o Pará, vamos parar de importar carne e começar a exportar”, afirmou.

 

A criadora de gado, Cleyane Mendonça, 30 anos, mora em Laranjal do Jari e ficou satisfeita em aprender mais sobre sanidade animal. “Achei muito interessante e pretendo usar as técnicas que aprendi aqui. Minha criação ainda é pouca, mas já posso começar a trabalhar com a vacinação de forma autônoma”, disse ela.

 

Ainda nesta sexta-feira, 6, também aconteceu uma mesa redonda sobre tecnologias para o desenvolvimento do Vale do Jari, realizada pelo Rurap, onde foram discutidos temas como: cultivo e manejo do açaí; criação de tambaqui em tanques redes; criação de camarão da Amazônia em cativeiro; sistema bragantino de seleção de mudas de mandioca.

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