“Novembro é tão bom quanto dezembro para o comércio ”, diz consultor financeiro
Com a chegada do fim de ano e a movimentação tradicional do comércio, o consultor financeiro Willame Macedo foi o convidado do podcast Momento Diário para dar dicas de como aproveitar as oportunidades sem perder o controle das finanças. Ele alerta que novembro, com a Black Friday, se tornou o mês mais estratégico para compras — e também o mais perigoso para quem não tem planejamento.

Cleber Barbosa
Da Redação
Cleber Barbosa — Willame, é comum o brasileiro se empolgar com as festas e acabar gastando mais do que deveria. O que você recomenda para ter prudência nesse período?
Willame Macedo — Cleber, as próprias empresas criaram um novo comportamento no consumidor com a Black Friday. Hoje, novembro vende mais do que dezembro. Antes, o comércio esperava o Natal para ter o melhor faturamento, mas agora esse “Natal antecipado” acontece em novembro. Então, para economizar, é o mês certo para planejar e antecipar as compras — com prudência, claro.
Cleber Barbosa — A gente percebe que o comércio tradicional, inclusive aqui no Amapá, tem buscado se adaptar a essa tendência.
Willame Macedo — Exatamente. As empresas estão cada vez mais voltadas para oferecer serviços financeiros junto com os produtos. O consumidor hoje quer preço, e isso transformou muitos bens em commodities. Por isso, o varejo passou a apostar em produtos como crédito, seguros e garantias estendidas para aumentar a rentabilidade.
Cleber Barbosa — Ou seja, vale aproveitar as promoções, mas com cautela.
Willame Macedo — Sim, novembro é o mês para economizar, mas sem se endividar. Grande parte das compras é feita a crédito — cerca de 70% do varejo. Então é preciso atenção: algumas lojas oferecem parcelamento sem juros ou com descontos de até 50%, mas é importante saber o que realmente se precisa comprar e evitar gastos por impulso.
Cleber Barbosa — E o comércio eletrônico, que antes preocupava o varejo local, agora também é aliado dessa movimentação?
Willame Macedo — Com certeza. No começo, o e-commerce parecia um inimigo, mas hoje ele se integra à estratégia das lojas físicas. A primeira grande plataforma, o Submarino, começou online e depois abriu lojas físicas. Isso mostra que o consumidor quer mais do que o produto — ele quer uma experiência. E isso o comércio local pode oferecer melhor, com atendimento, confiança e relacionamento direto.
Cleber Barbosa — Professor, muito obrigado por compartilhar sua visão e suas dicas conosco.
Willame Macedo — Eu que agradeço, Cleber. É sempre bom poder ajudar as pessoas a se planejarem melhor financeiramente.
O episódio completo do podcast Momento Diário pode ser ouvido em diariodoamapa.com.br, na aba de podcasts.
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