Estrela do Flamengo, Michael teve depressão e quase deixou o clube no ano passado
Atacante é o principal jogador do clube sob comando de Renato Gaúcho e virou titular absoluto da equipe carioca
O Flamengo tem tido uma temporada de altos e baixos. O clube começou o ano com o técnico Rogério Ceni, mas resolveu mudar e trouxe Renato Gaúcho. Sob o comando do novo treinador, um jogador em especial tem se destacado e sido decisivo: Michael. O bom momento, no entanto, foi feito de muito sofrimento. O jogador chegou a ter depressão e quase deixou o clube carioca no ano passado.
O rubro-negro carioca vive uma reta final de temporada que pode ser iluminada. O clube ainda luta pelo título do Brasileirão e sonha com o tri da Libertadores, no dia 27 de novembro, no Uruguai, diante do Palmeiras. A partida vai colocar frente a frente os dois clubes mais vitoriosos do futebol nacional. O duelo deve ser equilibrado. No site de aposta, por exemplo, não há um favorito absoluto para o confronto.
Mas, até o dia da decisão, o técnico Renato Gaúcho faz ajustes na equipe. O técnico já começa a quebrar a cabeça para encontrar um jeito de colocar Michael no time titular quando todos os craques estiverem à disposição. Neste momento, o baixinho ocupa a vaga do uruguaio Arrascaeta, que está fora do time por lesão. Mas para a final da Libertadores ele estará de volta.
Até lá, Michael promete seguir deitando e rolando. O atleta fez os dois gols da vitória do Flamengo contra o Atlético Goianiense, por 2 a 0, no Maracanã. Chegou a 11 na temporada e se tornou o queridinho da torcida e do técnico Renato Gaúcho, que é só elogios ao atleta.
“Tem nos ajudado bastante. Desde a minha chegada, jogou todos os jogos. Tem feito gols importantes, é um jogador que o grupo gosta muito dele, que está todo dia alegre, brincando. Na hora de trabalhar, trabalha seriamente. Converso bastante com ele, procuro orientá-lo da melhor forma possível. Está fazendo a diferença para a gente”, disse o treinador em entrevista coletiva recente.
O bom momento de Michael, no entanto, foi precedido de muita preocupação, desgaste e ansiedade. O jogador teve uma depressão muito forte e quase deixou o clube no ano passado, já que não conseguia corresponder às expectativas.
Em entrevista ao canal “Barbaridade”, no início de agosto, ele comentou sobre os momentos de tristeza e tensão que viveu no clube. “Eu tive depressão no ano passado, sofri muito com isso. Na época, eu estava no hotel e quis me suicidar. Me veio pensamentos ruins e eu queria saber como era me jogar do prédio”, revelou o atleta.
A partir daí, diz Michael, jogadores mais experientes do clube o ajudaram a superar esse momento complicado. “Então, eu gritei por socorro, pela minha mulher, pelo doutor Tanure, Diego Ribas, Diego Alves, Filipe Luís, o Rafinha, o Marcos Braz também. Eles me fizeram ser querido, ser abraçado. Eles tiveram um cuidado comigo, que ninguém antes tinha feito”, contou Michael.
O jogador revelou que pediu para ser negociado, mas a diretoria não aceitou, assim como o técnico Jorge Jesus, que comandou o clube até abril do ano passado, quando se transferiu para o Benfica.
“Teve um dia que não estava conseguindo concentrar e aí cheguei no quarto do Jesus e disse “me manda embora, rescinde meu contrato, sei lá faz o que bem entender”. Eu chorava, não conseguia me expressar direito. Não conseguia dormir sozinho. Ele disse que não me mandaria embora. Me perguntou se eu dormiria bem em casa e disse para eu ir”, afirmou.
A vitória diante do Atlético Goianiense deixou o Flamengo a nove pontos do líder Atlético-MG na corrida pelo título, mas ainda com um jogo a menos. A equipe volta a campo na segunda-feira, às 20h, para enfrentar a Chapecoense na Arena Condá.
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