Esportes

Futlama: jogadores destacam a importância do reconhecimento da prática esportiva

O esporte movimenta times, torcidas e expectadores que acompanham os jogos.


Às margens do Rio Amazonas, a lama escura da orla de Macapá dá espaço para o famoso e tradicional futlama. No último final de semana os times disputaram as finais do Campeonato Amapaense da modalidade, que consagrou campeões as equipes Beta Azul, no masculino, e Água Marinha, no feminino.

Os capitães dos times vencedores, José Ataíde e Rosiane Santos, contaram um pouco de sua trajetória pelo esporte, as dificuldades que os times enfrentam e sobre o apoio da Prefeitura de Macapá ao futlama na realização de jogos e campeonatos.

“Tem vezes que os jogadores têm muita dificuldade para comparecer aos jogos, comprar colete, short, água, e outras coisas. Mas sempre damos um jeitinho”, relata Ataíde, capitão do Beta Azul.

Rosiane Santos, líder do Água Marinha, pratica o futlama há 8 anos. Em 2021 seu time alcançou o tetracampeonato, mas, segundo ela, a falta de apoio acabou afastando atletas.

“Temos dificuldades em conseguir patrocínio e ajuda financeira. Existem muitas mulheres talentosas no esporte que são ‘desperdiçadas’ porque não tem chance de competir em torneios e campeonatos, que é como uma vitrine para a atleta”, conta Rosiane.

O futlama virou patrimônio cultural do Amapá através do projeto de lei 2454 de 2021. O esporte movimenta times, torcidas e expectadores que acompanham os jogos da prática que é genuinamente amapaense e, até onde se tem notícia, ocorre apenas no Amapá e ganhou força na década de 1990.

“A sanção do projeto de lei do vereador Alexandre Azevedo e o fortalecimento do campeonato elevaram mais ainda a importância do futlama. Reconhecemos esse esporte como nosso, da nossa terra, raiz. A Prefeitura de Macapá sempre vai apoiar e valorizar o que é nosso”, declarou o coordenador.


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