Esportes

Glicério Marques comemorou 65 anos em ritmo de samba e futebol

Quem ditou o ritmo nesta quinta-feira no estádio Glicério Marques foram os jogadores e ex-jogadores



Quem ditou o ritmo nesta quinta-feira no estádio Glicério Marques foram os jogadores e ex-jogadores que viveram muitas alegrias no estádio municipal que comemorou mais de seis décadas de criação. Fundado em 15 de janeiro de 1950, o Gigante da Favela, Glicerão, ou Vovô da Favela, como é conhecido, pode ter muitos apelidos, mas a emoção que faz parte da história de quem teve a oportunidade de correr nos seus gramados é única. Batizado de Glicério de Souza Marques, uma homenagem ao primeiro presidente da Federação de Desportos do Amapá, o estádio teve sua partida inaugural entre as seleções do Pará e Amapá, quando o jogador Norman marcou o primeiro de muitos gols que o Glicério ainda iria viver em seus 65 anos. Copão da Amazônia, Amapazão, Copa do Brasil, Série D do Campeonato Brasileiro, todos já tiveram partidas disputadas no estádio que hoje tem capacidade para 3 mil espectadores.

O ex-jogador Perivaldo Lemos, 56 anos, atuou como meio de campo em quase todas as equipes de futebol do Amapá e ainda na Tuna Luso, no Pará. Pelo Ypiranga foi campeão duas vezes, e tricampeão pelo Amapá Clube no gramado do Glicério. “Era muito bom jogar aqui. Naquela época, muitos nomes surgiram e despontaram em outras equipes de futebol fora do estado. Acho que antigamente era mais difícil, até porque você precisava jogar muito para que tivesse oportunidade em times renomados”.

Conhecido como Chiclete, porque “colava” no adversário durante a marcação, Cícero Mathias, 66 anos, começou no Fazendinha Esporte Clube, foi campeão pelo Esporte Clube Macapá e guarda como melhor lembrança a seriedade que os jogadores tinham na época. “Jogávamos por amor à camisa e ao futebol. Hoje, muitos não têm essa responsabilidade que tínhamos. Olho para o Glicério, trabalho aqui e vejo toda a história que ele viveu”, relembra. Para ele, a localização do Glicério é uma opção para que toda a sociedade possa prestigiar os eventos esportivos da capital.

“O estádio está no meio da cidade, onde todos podem vir, mas será preciso um bom trabalho para deixá-lo em condições de viver mais emoções com essa nova geração de jogadores de futebol”.

A programação, que marcou mais um ano de vida do tradicional estádio, teve início com a rodada de conversas entre amigos, ex-jogadores das décadas de 50, 60, 70 e 1980. Logo após, uma feijoada foi servida aos convidados, para que tivessem início os jogos que reuniram pagodeiros, ritmistas de escolas de samba, secretariado da PMM, Comel e jogadores masters. O grupo “Perfil do Samba” encerrou com chave de ouro o aniversário de um estádio que estará sempre vivo na lembrança e no coração da cidade.


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