Esportes

Governo garante merenda para alunos do projeto social ‘Tatame da Cidadania’

Dezenas de crianças e adolescentes recebem lanche após os treinos. A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Estado da Justiça e Segurança Pública e de Educação


 

O Governo do Amapá garante para dezenas de crianças e adolescentes que praticam luta marcial no complexo esportivo do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), alimento para o físico e mente. Essa é uma das filosofias do projeto social Tatame da Cidadania.

 

 

A iniciativa é resultado de uma parceria entre as secretarias de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e de Educação (Seed). Nos dias de treinos, segundas, quartas e sextas-feiras, os alunos recebem a merenda após a prática da luta marcial para repor as energias. A alimentação é fornecida para quatro turmas dividas nos turnos da manhã e tarde, pela Escola Estadual Mário Andreazza, localizada no bairro Perpétuo Socorro.

 

 

“Proporcionar esse lanche para os alunos é um grande avanço para nós que estamos com eles, periodicamente. Essa parceria estimula que as crianças venham para cá, pois sabemos que muitos alunos não têm acesso ao lanche da manhã e a merenda da tarde, ao proporcionar alimento à elas, garantimos que venham entusiasmadas e mais dispostas para os treinos, evitando até mesmo a evasão”, disse o coordenador do Ciodes, Diego Alves.

 

A aluna Ana Beatriz Souza, de 14 anos, mora no bairro Infraero I. Ela, assim como todos os colegas de treino, gosta de receber a merenda. Ana se sente feliz, pois sabe que a alimentação vai ajudar muitos a se manterem no projeto.

 

 

“Acredito que essa ajuda é muito válida, alguns amigos que passam por necessidades em suas casas chegam aqui no projeto e se alimentam com qualidade. O treino requer muita energia e sentimos fome e sede no final. É maravilhoso termos um lanchinho garantido!”, frisou Ana Beatriz.

 

Respeito, integridade e comportamento

Além da merenda, o projeto também muda vidas. Caroline Franco, de 14 anos, mora no bairro Perpétuo Socorro e é uma das alunas mais assíduas nos treinos. Ela conta que era muito introspectiva e tímida na escola, mas com a prática do jiu-jitsu, hoje é completamente diferente.

 

 

“O projeto me ajudou em muitas coisas como, por exemplo, a rever meu comportamento e reconhecer que sou importante para a sociedade. Agora interajo mais com as outras pessoas e sinto que pisar no tatame me faz muito bem, me sinto feliz e à vontade, como se estivesse em casa”, descreveu Caroline.

 

O coordenador do projeto, Kleber Jansen, pontua que a Segurança Pública trabalha não só com repressão, mas também com prevenção. Segundo ele, a maioria dos alunos está em situação de vulnerabilidade social e moram em áreas de risco, por isso, os ensinamentos, conversas e treinos servem de inspiração para que os participantes continuem praticando boas ações.

 

 

“Ouvi o relato de uma mãe, que me falou: ‘professor, se o senhor quiser tentar, tudo bem, eu já desisti’. E verificamos que esse garoto teve uma mudança de comportamento considerável em dois meses, então o resultado é efetivo. Estar aqui e treinar é algo que eles gostam de fazer e como acompanhamos o desempenho escolar, eles melhoram também na escola. A  disciplina exigida pelo jiu-jitsu e pela luta olímpica os incentiva a estreitar a relação com familiares, amigos e com a comunidade onde eles vivem”, enfatizou Jansen.

 


Deixe seu comentário


Publicidade