Esportes

Muay Thai: Uma arte marcial que vem crescendo no Amapá

Modalidade é conhecida como a ‘luta das 8 armas’


 

Lana Caroline
Editora de Esportes

 

As artes marciais vem conquistando muito adeptos no Brasil e o Muay Thai é uma delas. Originária da Tailândia, a modalidade é conhecida como a ‘luta das 8 armas’, pois as partes do corpo são utilizadas nos golpes: os dois cotovelos, os dois punhos, os dois joelhos e uma combinação das duas canelas e os dois pés. Essa arte marcial surgiu há mais de dois mil anos, quando agricultores buscaram formas de se defender em guerras e invasões na Tailândia.

 

No Amapá a modalidade cresce bastante e vai ganhando adeptos de todas as idades. Diego Dias, de 37 anos, que pratica o muay thai há mais ou menos 15 anos e é professor na academia Black Thai, localizada no bairro Santa Inês, explica que esse crescimento gerou um grande desenvolvimento da modalidade no estado.

“Faz mais de 10 anos que ele já vem crescendo, se desenvolvendo e hoje está em uma grande demanda de academias. Muitas mulheres, crianças, idosos estão praticando e não estão procurando só qualidade de vida, mas a defesa pessoal”, explicou.

 

Unir a graduação com a paixão pela luta fez com que Diego abrisse uma academia e começasse a disseminar seu conhecimento para outras pessoas. “A vontade de abrir a academia surgiu quando eu viajei pra Fortaleza, para fazer meu curso de educação física, e lá me tornei professor. A academia é uma é uma filial de Fortaleza. Temos em torno de 60 a 70 alunos, aqui, e são divididos por horários (manhã, tarde e noite)”, explicou.

PASSAGEM / Por ser uma atividade que trabalha o corpo todo, o muay thai traz diversos benefícios para a saúde, além de desafiar quem o pratica a enfrentar suas limitações físicas e mentais. “Elimina o estresse, traz qualidade de vida, emagrece e é uma forma de defesa pessoal tanto pra homem quanto pra mulher”, disse Diego.

 

Um dos alunos da academia, Kairo Matheus, de 24 anos, começou a treinar com 15 anos depois de ser convidado por um amigo. Ele, que atualmente é instrutor na Black Thai, afirma que a modalidade se tornou sua verdadeira paixão.

“Foi um amor a primeira vista, a arte que representa na minha vida e que eu gosto de fazer. Quando eu to longe daqui, quando eu não venho treinar, sinto que está faltando algo em mim. É um amor pela arte de combate e é o que amo fazer. Espero que a arte seja mais reconhecida no estado, que seja mais patrocinado”, disse.

Os lutadores utilizam uma corda amarrada no braço, chamada de kruang, para demonstrar a sua graduação. Para que possa ser graduado, o aluno precisa passar por um processo, como explica Kairo. “Aqui temos o nosso mestre, Anderson Dentão, do Ceará, que vem pra Macapá e gradua nossos alunos na academia e cada um passa por um processo. Os iniciantes demonstram as técnicas e os outros vão para o combate”, disse.

 

O muay thai é para todas as idades e prova disso é o Hermano Araújo, que tem mais de 70 anos. Ele começou na modalidade há mais ou menos 7 anos após ser influenciado pelo seu professor de boxe.

“Eu iniciei pelo boxe e depois fui influenciado, pois meu professor falava do muay thai. Comecei a vir aqui treinar e nunca mais saí. Trabalhar com muay thai é uma diversão, pois ele completa uma corrida, uma natação, além disso, é uma defesa pessoal e interior”, falou

 

Além dos mais de 60 alunos, a Black Thai possui atletas que moram fora do estado e um deles é o Walter Gonçalves, que já carrega diversos títulos no costado. “Temos quatro atletas que moram em Fortaleza, que são três meninos e uma menina. O nosso atleta Walter Gonçalves já morou na Tailândia e já foi quatro vezes campeão mundial. Hoje ele participa de um dos maiores eventos de luta, que é o One Championship”, falou Diego.

É fundamental que os treinos sejam orientados por um profissional de educação física especializado na modalidade. Ele será capaz de respeitar os limites e condições ideais de treinamento para cada aluno.

 

 


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