Esportes

TJAP, AMB e AMAAP organizam a 5ª caminhada Negra em Macapá

O evento esportivo ocorrerá dia 1ª de novembro, em referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado nacionalmente em 20 de novembro


Foto: Arquivo

 

O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), em parceria com a Associação dos Magistrados do Amapá (AMAAP) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), promoverá, em 1º de novembro de 2025, a 5ª edição da Caminhada Negra, em Macapá. Em Macapá, a concentração será no Mercado Central Municipal, às 17h, com saída às 17h30. O evento esportivo ocorrerá em referência ao Dia da Consciência Negra, celebrado nacionalmente em 20 de novembro. A iniciativa tem como propósito fortalecer o combate ao racismo, valorizar o protagonismo e o legado histórico da população negra, além de estimular a prática esportiva como instrumento de saúde física e mental. A iniciativa integra a política institucional antidiscriminatória do Poder Judiciário.

 

Em Macapá, a concentração será no Mercado Central Municipal, às 17h, com saída às 17h30. O percurso seguirá pelas ruas da cidade até a sede da União dos Negros do Amapá (UNA), no bairro do Laguinho. Juízas, juízes e demais participantes passarão por locais que retratam a trajetória do povo negro e compõem o patrimônio histórico da capital, como a Fortaleza de São José, Casa do Artesão, Macapá Hotel, Museu Joaquim Caetano, Igreja Matriz, Praça Barão do Rio Branco, Poço do Mato, Casa do Maestro Oscar Santos e encerramento na UNA.

 

 

A presidente da Comissão de Heteroidentificação do Poder Judiciário e responsável pela edição da Caminhada no Amapá, juíza Elayne Cantuária, explica que a ação busca ressaltar a importância da data e valorizar a história do povo negro. Segundo ela, a iniciativa tem caráter pedagógico, pois promove o resgate da memória e da cultura afro-brasileira, fundamentais para o fortalecimento da identidade e da história do estado.

 

“A Caminhada Negra configura-se como uma prática educativa e política de caráter antirracista, destinada a promover uma compreensão crítica e aprofundada da formação racial e histórico-social brasileira. Por meio do percurso por espaços de relevância histórica e cultural, a iniciativa propõe a reinterpretação da narrativa nacional sob a ótica das populações negras, que evidencia os processos de resistência, silenciamento e protagonismo que marcam a trajetória da população afro-brasileira. Trata-se, portanto, de uma estratégia de enfrentamento às múltiplas manifestações do racismo estrutural e de valorização da memória e da identidade negra na contemporaneidade. Eu, como magistrada negra e integrante da Diretoria atual da AMB, parabenizo essa iniciativa”, destacou a juíza Elayne Cantuária.

 

Sobre a data

O Dia da Consciência Negra é feriado no Amapá e em mais cinco estados (Alagoas, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). A data homenageia Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que morreu em 20 de novembro de 1695. Ele foi capturado e executado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho. E razão disso, se tornou um símbolo da resistência negra e da luta contra a escravidão no Brasil.

 

Mobilização nacional

A programação nacional do Dia da Consciência Negra incluirá caminhadas simultâneas em 14 capitais brasileiras no dia 1º de novembro. Entre as cidades participantes estão Brasília (DF), Salvador (BA), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Palmas (TO) e Vitória (ES). Em Macapá (AP), São Luís (MA), Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA), a mobilização será conduzida pelos Tribunais de Justiça.

 


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