“Traçamos metas e conseguimos a vitória”, diz o ex-nadador Jader Souza sobre ouro conquistado em 2003
Amapaense medalhou no Pan de 2003, na República Dominicana, no revezamento 4×100 metros livres

Lana Caroline
Editora de Esportes
Todo ano em 21 de dezembro é celebrado o Dia do Atleta, comemorando não somente aqueles que fazem da prática de um esporte sua profissão, mas também os amadores, que têm o esporte como hobby, paixão e dedicação cotidiana.
A data, estabelecida em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros, é uma forma de reconhecer oficialmente todos os desportistas brasileiros. O reconhecimento é de extrema importância para que os atletas sintam-se motivados e que consigam alcançar o êxito, como é o caso do ex-nadador amapaense, Jader Souza.
O atleta começou a nadar aos seis anos de idade, pois sua mãe o incentivou. A partir dos 10 anos, ele começou a participar de competições locais, regionais e até nacionais, isso o fez querer seguir carreira na natação. “A vontade de seguir veio anos depois. Eu tinha uns 12 anos e vi que ali poderiam surgir novas oportunidades. O esporte te dá possibilidade de morar, conhecer outros lugares e pensei nisso”, disse.
Silvio Guilhermino é ex-treinador de Jader e explica como ele era na piscina. “Ele era disciplinado, treinava bem e acabei tendo o privilégio de ter ele como meu atleta”, falou orgulhoso.
Longe da família, Jader participou de várias competições nacionais e internacionais, conquistou diversas medalhas e ai veio a grande surpresa: a convocação para fazer parte da Seleção Brasileira que estaria presente no Pan-Americano de São Domingos, na República Dominicana, em 2003.
“Nesse ano, recebi um certificado que a Confederação [Brasileira de Esportes Aquáticos] emitia dizendo que eu estava pré-convocado para o Pan. Fiquei muito feliz e comecei a organizar minha rotina para bater índices e conseguir um bom resultado”, disse Jader.
O ano era de 2003 e o clima era de festa. Uma das provas mais esperadas era o revezamento 4×100 metros livre, que além de Jader, tinha Gustavo Borges, Fernando Scherer e Carlos Jayme. Neste dia, o Brasil conquistou o tão sonhado ouro.
“Essa vitória dá um sentimento de que todo o processo anterior valeu a pena. O processo não começa em um ano, começa antes. Houve todo um planejamento proposto, um novo estilo de treino, e eu tinha pouco tempo. Traçamos metas e conseguimos a vitória”, relembrou.
Após a conquista do ouro, Jader participou das Olimpíadas de 2004, em Atenas, e terminou em 12º lugar nos 4×100 metros livre, 15º nos 4×100 metros medley, e 33º nos 100 metros livre. Após isso, ele perdeu o patrocínio e parou de nada, voltando em 2005, mas treinando no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo.
O amapaense ainda nadou na seletiva para os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro e, no final de 2008, parou de nadar, se aposentando um ano depois (2009). Jader afirma que conseguiu realizar sonhos, mas que nunca se deve desistir.
“Eu acredito que foi plantada uma sementinha lá atrás, mostrando que tudo é possível. Imagina um atleta sair do Amapá, conquistar um pan, participar de uma Olimpíada, já ter sido campeão brasileiro e sul americano pelo Brasil. Não é porque estamos no Amapá, extremo norte, que não vamos conseguir chegar longe”, finalizou.
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