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AL é marcada para discutir redução de tempo de curso no Miterrand

Secretária Conceição Medeiros disse que será feito estudo técnico para avaliar se é possível reduzir o tempo para evitar evasão e manter o mesmo conteúdo e qualidade

 


Membros da Associação de Professores de Francês do Amapá (Aprofap) anunciam para hoje (14), uma  assembleia onde será discutida a redução do tempo do curso oferecido no Centro Estadual de Língua e Cultura Francesa do Amapá. De acordo com o professor Francinildo de Souza, os professores e alunos estão se mobilizando para evitar que o curso sofra prejuízo e o aprendizado seja incompleto. Os professores questionam ainda a não inclusão da opção língua francesa nas escolas públicas e teme o desemprego para professores da área.
 
Francinildo explica que atualmente os professores de língua francesa do Amapá foram formados no Danielle Mitterrand, nos curso que antes eram de 3 anos e meio, e depois foram reduzidos em um ano. A proposta que o Governo do Estado está avaliando é a redução do curso para um ano, com a mesma carga horária, para evitar a evasão, que vem ocorrendo muito nos últimos anos. “É impossível concluir um curso de língua francesa em um ano. Este tempo é somente para se familiarizar, tem outras etapas muito importantes”, disse o professor.
 
Ele afirma ainda que foi entregue um questionário nas escolas onde os alunos tinham como opção as línguas inglesa e espanhola, excluíram o francês. “Isto é inadmissível, somos fronteira com a Europa, temos que valorizar a língua francesa, sem contar o turismo no Amapá, que recebe muitos franceses. Acarreta ainda o desemprego para professores da área. Querem criar um instituto de línguas, mas é importante fazerem primeiro investimento no Danielle Mitterrand que está com a estrutura abalada”.
 
Em contraponto aos argumentos que motivaram a assembleia, a secretária de Educação (Seed), Conceição Medeiros, relatou em entrevista, que será feito um levantamento técnico para verificar a possibilidade de redução do tempo do curso para um ano, evitando a evasão. “Vamos fazer um estudo técnico, assim como da escola Walkíria Lima, e nossa preocupação também é com a legalização destes cursos no Conselho Estadual de Educação. Queremos oferecer cursos onde a evasão seja mínima”.
 
A secretária disse ainda que o GEA e o governador Waldez Góes sabem da importância do curso para o estreitamento das relações entre o Amapá e a Guiana Francesa, assunto que já foi debatido no Encontro Transfronteiriço, e que o francês será valorizado nas escolas públicas. “Queremos saber se é possível reduzir o tempo de curso mantendo o mesmo conteúdo e qualidade”, finalizou.

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