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Governo cobra prazo e informações da Zamin sobre paralisação

Marcelo Creão e Jorge Amanajás consideraram insuficientes as informações apresentadas no plano da Zamin



 

O governo do estado decidiu intermediar diretamente sobre a situação gerada pela paralisação das atividades da mineradora Zamin, no Amapá. A interrupção da extração de minério em Pedra Branca, assim como das obras do Porto de Santana, foram problemas discutidos na manhã de quinta-feira, 12, em reunião realizada no Palácio do Setentrião.

O diretor da empresa, Atul Injatkar, apresentou um plano de retorno das operações ao secretário de Relações Institucionais, Jorge Amanajás, o prefeito de Pedra Branca, Genival Gemaque Santana, e vereadores do município; representantes da Assembleia Legislativa e secretários de Estado, mas o documento foi considerado insuficiente e impreciso pela participantes da reunião. Então, ele se comprometeu a apresentar respostas a todos os questionamentos até após o carnaval.

No plano de retorno, a empresa defendeu como premissa para a retomada das operações a negociação com as agências financiadoras, melhoria nos mercados de commodity, especialmente do minério de ferro; apoio dos governos municipal, estadual e federal e a conclusão da obra de reconstrução do porto.

De acordo com o vereador de Pedra Branca, Ayres Andrade, a reunião foi motivada pela falta de esclarecimento sobre a atividade de lavra, executada pela Zamin. “A empresa paralisou as atividades para concentrar suas forças financeiras na obra do porto de Santana, com a previsão de voltar em três meses. Já se passou mais de um ano e as atividades não retornaram. Além da lavra no minério, também estão parados o embarque e a venda, assim como a obra no porto”.

Segundo ele, os funcionários diretos da empresa estão sendo dispensados, sem qualquer informação. “A situação nos preocupa. O caos em Pedra Branca começa acontecer”. Andrade explica que foi acordado, na paralisação, que os funcionários da empresa não seriam demitidos.

O vereador cobrou, ainda, perspectivas e prazos da empresa. “A nossa expectativa é que os trabalhos retornem. A gente entende que o minério de ferro não está em um momento muito bom, mas também já esteve pior. Ou a Zamin retorna ou abre mão da concessão para outra empresa. Existem muitas interessadas”, enfatizou.

O prefeito de Pedra Branca, Genival Gemaque Santana, afirmou que, em função do impasse, o município passa por dificuldade financeira, não apenas pela redução de arrecadações, mas também no comércio local. Santana declara que a reunião não sanou as expectativas, mas colocou a discussão em uma nova caminhada, unindo empresa, município e Estado.

“Eu creio que a partir de agora se abre uma nova discussão. A empresa se comprometeu em dialogar com mais proximidade. Queremos saber se a Zamin tem viabilidade econômica para manter o projeto funcionando”, disse.

O secretário Jorge Amanajás informou que essa é a terceira reunião com os empreendedores. “Daqui para frente vamos tomar algumas decisões, sobretudo, em relação à ferrovia, que extrapola o interesse deste empreendimento”. Ele afirma que aguarda a resposta da Zamin, para que seja retomado um plano mais detalhado.


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