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Juliano Del Castillo e Teles Júnior debatem sobre dívida ativa

Ex secretário de planejamento contesta o atual, Teles Júnior, sobre montante de dívida



 

O secretário estadual de planejamento da gestão passada, Juliano Del Castillo, contestou nessa quarta-feira, 24, no programa Café com Notícia, da Rádio Diário FM, apresentado pela jornalista Ana Girlene, as declarações do atual secretário, Antônio Teles Júnior, feitas na noite anterior, no mesmo programa, sobre a dívida herdada pelo atual governo da administração de Camilo Capiberibe:
“O que o secretário Teles júnior está fazendo é jogar uma cortina de fumaça para tentar esconder as dificuldades que eles estão tendo para acessar recursos que já foram aprovados e estão disponíveis, como os R$ 800 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a conclusão de obras vitais para o desenvolvimento do Amapá”, acusou Juliano, em resposta à afirmação do atual Secretário de que o governo Waldez está impossibilitado de acessar esses recursos por conta de inadimplência do Estado com o BNDES.

Juliano Del Castillo garante que a maior parte dessa dívida foi contraída pelo próprio Waldez Góes durante os dois mandatos à frente do Governo (2003-2010): “Eles escondem a verdade, mentem, quando falam sobre essa suposta dívida, que na verdade nem chega perto dos R$ 6 bilhões, pois a dívida real é de R$ 2.433 bilhões, dos quais R$ 1,40 bilhão diz respeito, exclusivamente, à dívida da CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá).

Inadimplência impede acesso a recursos
Segundo Juliano, se o estado resolver a questão da inadimplência, o BNDES vai liberar os recursos que estão disponíveis: “O conjunto de obras está aprovado. E são muitas obras que não poderiam estar paralisadas hoje, pelo que elas representam para o desenvolvimento do Amapá, como a ponte sobre o Rio Matapi, as rodovias estaduais, e a reforma e ampliação do Hospital de Pediatria, só para citar algumas. Durante o governo Camilo não tivemos nenhum problema com liberação de recursos porque acompanhávamos passo a passo e cuidávamos com muita competência para tornar o Estado adimplente”, assegura, rebatendo, também, a acusação de Teles Júnior de que o governo não tinha um servidor efetivo acompanhando a liberação dos recursos e execução das obras junto ao BNDES: “Eis aí mais uma inverdade, porque a presença de um servidor efetivo é requisito essencial para o processo”.

O ex secretário de planejamento rebateu, também, a acusação de seu sucessor quando afirmou que as quedas dos recursos federais começaram na gestão atual: “Eles (Teles Júnior) querem a todo custo dizer que o FPE (Fundo de Participação dos Estados) começou a cair neste ano. Na realidade, esse arrocho começou no ano passado, pois perdemos R$ 150 milhões, além de termos ficado manietados por conta de bloqueios judiciais no montante de R$ 90 milhões. Eles fazem questão de não deixar claro que a política econômica de contenção de gastos do governo federal começou a ser injetada pelo governo federal ainda no ano passado, com o contingenciamento nos repasses aos estados feito pela presidente Dilma, e quem mais sofreu com isso foi o Amapá, cujo orçamento representa 70% dos repasses da União”.

Juliano Del Castilo aponta, também, contradição na política de austeridade pregada pelo governo Waldez: “Que política de austeridade é essa, em que um dos primeiros atos do governador foi aumentar o seu próprio salário, o do vice, e o salário de todos os secretários de governo? Trata-se de uma contradição desmedida, porque se o Estado está em crise, o certo seria o inverso, o que prova que essa crise não existe. Até então estávamos calados, ouvíamos calado as provocações, as acusações injustas, mas a população do Amapá fique atenta, porque daqui por diante as inverdades, as mentiras vão ter imediatas respostas”, prometeu.


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