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Para deputada, bebês morrem na Maternidade por falta de medicamentos

Cristina Almeida denuncia descaso e cobra providências


A incineração do corpo de uma criança junto com lixo hospitalar na maternidade Mãe Luzia, que passa por problemas estruturais e de superlotação, provocou revolta e consternação, além de chamar à atenção da sociedade amapaense para as constantes mortes que vêm ocorrendo na UTI neonatal.

Para a deputada estadual Cristina Almeida (PSB), membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (AL), que visitou o local, o caso é preocupante e requer providências urgentes: “É realmente de se indignar. Vidas estão se perdendo e o governo não vem atuando no sentido de frear essa situação. Aí eu me pergunto: Para quem essas mães humildes vão recorrer, se o Estado que deveria acolher e cuidar dessas mães, é o primeiro a se eximir da responsabilidade?”.

Durante a visita, mães e acompanhantes de crianças internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da maternidade, relataram à parlamentar, que além da superlotação e das condições precárias daquela casa de saúde, não há medicamento para o tratamento. As mães ou acompanhantes com poder aquisitivo são obrigadas a comprar medicamentos, quando encontram nas farmácias locais, enquanto aquelas sem condições financeiras ficam à espera de um milagre pra cura dos seus filhos.

“Sou acompanhante, mas é muito triste o que passamos aqui, é necessário que o Poder Público tome providências urgentes, pois a situação das famílias que perderam seus filhos ou estão em tratamento é complicada. Para se ter uma ideia, segundo os técnicos, a UTI está contaminada por bactérias, o que pode ser a causa das mortes, além da falta de medicamentos que são utilizados pelas crianças que estão internadas. E como fica a situação dessas famílias? que não sabem para quem recorrer”, desabafou uma acompanhante à parlamentar.

Com 98% das obras concluídas, se a Maternidade da Zona Norte de Macapá estivesse sido entregue aos amapaenses pelo governo, certamente desafogaria e melhoraria o acolhimento das mães que procuram atendimento. As obras foram paralisadas ainda no governo de Camilo Capiberibe (PSB), por falta de recursos. Decorridos oito meses da atual gestão, o governador Waldez Góes anunciou a retomada das obras ainda no decorrer deste mês.


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