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PF apura prática de crimes fiscais na região norte do país

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (10) a Operação Capilé, com o objetivo de apurar crimes fiscais na Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio em Boa Vista/RR, corrupção, operação de câmbio ilegal, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Roraima, Amazonas, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Espírito Santo.   […]


A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (10) a Operação Capilé, com o objetivo de apurar crimes fiscais na Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio em Boa Vista/RR, corrupção, operação de câmbio ilegal, lavagem de dinheiro e organização criminosa em Roraima, Amazonas, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Espírito Santo.

 

Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva e três mandados de afastamento de servidores públicos do cargo, deferidos pela Justiça Federal em Roraima.

 

O modus operandi inicial dos crimes investigados consistia na coleta de moeda estrangeira (dólar e euro) na fronteira Brasil-Venezuela e Brasil-Guiana, com guarda da moeda na residência do chefe da organização em Boa Vista. Na sequência, os envolvidos retiravam o dinheiro em Boa Vista, em duas a três viagens por semana, transportando de R$ 100 mil a R$ 200 mil por viagem. O dinheiro era levado para Brasília e São Paulo, onde era entregue em casa de câmbio e os valores gerenciados pelo chefe da organização criminosa.

 

No curso da investigação, foi desvendada prática de crimes fiscais, mediante aquisição de empresas de fachada por R$ 5 mil a R$ 10 mil, com sede na Zona Franca de Manaus e na Área de Livre Comércio em Boa Vista.

 

Com os benefícios fiscais concedidos a empresas de fachada, os investigados adquiriam ilicitamente mercadorias com incentivo fiscal de empresa distribuidora situada em Goiânia/GO. Tais mercadorias de fato não eram remetidas à área com benefício fiscal, sendo destinadas a outros estados da federação, com aproveitamento criminoso de benefício fiscal e envolvendo pagamento de propina a servidores públicos da SEFAZ e SUFRAMA de Manaus e Boa Vista.

 

O nome da operação – Capilé – remete ao termo utilizado pelos investigados em referência à propina paga a servidores públicos.


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