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Rodolfo Juarez analisa os 26 anos da hoje falida Federação das Indústrias do Amapá

Segundo ele, quando os dirigentes passaram a ser indicações de deputados federais e com os conselheiros interessados em resolver as suas questões pessoais, inclusive aquelas com referencia ao resultado de suas empresas, começaram a deixar os sindicatos reais fragilizados e os imaginários, criados a cada eleição, sem representação que pudesse impor uma diretriz que interessasse verdadeiramente à industria e ao serviço no estado do Amapá.


Em artigo sob o título “Estagnação e Colapso de uma Instituição”, publicado nas redes sociais, o engenheiro, advogado e jornalista Rodolfo Juarez, analisa os 26 anos da Federação das Indústrias do Estado do Amapá (Fieap) completados no último dia 14 de dezembro. A entidade tem sido protagonista de diversos escândalos nos últimos anos. Rodolfo Juarez, que foi superintendente e presidente da Fieap, afirma que a entidade está  fazendo muita falta para o desenvolvimento do Amapá.

A federação foi criada em 1990 com o objetivo de participar, diretamente, de todo o processo de instalação do novo estado, que fora o resultado da transformação do Território Federal do Amapá em estado do Amapá, pela Constituição Federal promulgada em 1988 e responsabilizar-se, do lado patronal, pelo desenvolvimento da indústria e do serviço no estado do Amap&aacut e;.

Juarez observa que todos os estados da Federação, inclusive o de Roraima, que teve a mesma justificativa para ser mais um ente federativo e o estado do Tocantins, criado também visando o desenvolvimento de uma região econômico-administrativo, que passaram a integrar a Federação brasileira contam, com exceção do Amapá, com uma ativa participação da Federação d as Indústrias na gestão das questões de interesse do setor industrial e de serviço, atendendo as necessidades sociais dos trabalhadores e as necessidades técnicas das empresas do setor.

Para ele, dos 26 anos de existência da Federação das Indústrias do Estado do Amapá os 15 primeiros, de 1990 a 2005, pode-se afirmar que foram produtivos; em seguida, de 2006 a 2012 foram de estagnação e nenhuma evolução, para, a partir de 2013, a gestão entrar em colapso, com desligamento da Fieap da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e uma intervenção nos departamentos regionais, provavelmente a mais longa da história da CNI, do Sesi e Senai no Amapá, além da desativação, por inanição administrativa e financeira, do Instituto Euvaldo Lodi.

“Uma desarticulação que desde 2013 faz com que estejam desativados os Conselhos Regionais do Sesi e do Senai, implicando em administrações alienígenas de interventores do Departamento Nacional, nos Departamentos Regionais do Sesi e do Senai do Amapá.
O período da estagnação e do colapso administrativo coincide com a motivação dos dirigentes eleitos, muito mais interessados em dividendos políticos eleitorais do que no desenvolvimento do Amapá, não gerenciando os interesses da indústria e dos serviços amapaenses”, escreve Rodolfo.

Quanto aos interventores no Sesi e no Senai, Juarez diz que eles limitam-se à burocracia e ao cumprimento de programas idealizados longe dos interesses da indústria e dos serviços amapaenses, especialmente do atendimento aos trabalhadores e filhos dos trabalhadores daqueles setores da produção.

“O resultado é a completa falta de participação da Fieap na definição dos grandes interesses do Amapá, devido a mediocridade com que são tratados os assuntos e a falta de conhecimento por parte dos seus agentes em condições de contribuir com o setor público, seja o do planejamento a médio e longo prazos, ou na forma de atendimento aos trabalhadores e seus dependentes. Está fazendo falta para a sociedade uma gestão competente para a Federação das Indústrias do Estado do Amapá, como dos seus instrumentos que assistem os trabalhadores e empregadores em suas necessidades”, concluiu.


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