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Vicente Cruz promete jogar duro contra possível cartel do gás

De acordo com o presidente do Procon, há fortes indícios dessa prática no Amapá



 

O diretor-presidente do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), advogado Vicente Cruz, garantiu na manhã desta terça-feira, 23, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que ainda nesta semana será concluído o processo administrativo que apura prática abusiva de preços praticados pelos revendedores de gás de cozinha no Amapá. De acordo com Vicente, há fortes indícios dessa prática, inclusive no que diz respeito a formação de cartel entre as empresas.

“O processo administrativo foi instaurado e constatamos que houve alinhamento de preços entre vários revendedores. Ainda no decorrer desta semana o processo estará concluído; caso essas irregularidades sejam comprovadas, não resta qualquer dúvida que os responsáveis serão punidos”, prometeu. Cruz destacou que as penas variam desde a aplicação de multas até a apreensão dos botijões de gás e conseqüente interdição das empresas.

Durante a entrevista, um ouvinte entrou em contato telefônico com a produção do programa e, no ar, ao vivo, denunciou, além da prática abusiva de preços, a alteração do produto, supostamente feita por distribuidores: “Os preços estão atingindo níveis insuportáveis: o mínimo é praticado por uma só empresa, que é R$ 68; as demais estão vendendo o botijão por R$ 71, o que é um absurdo. E assim mesmo estão enganando os consumidores, porque eu mesmo constatei, e já denunciei, que estão colocando água nos botijões, alterando de forma fraudulenta o produto e o peso”.

Vicente Cruz tranqüilizou os consumidores: “Desde quando assumimos o Procon estamos fazendo um trabalho muito criterioso para apurar as deficiências na prestação de serviços, na qualidade dos produtos e nos preços praticados não apenas no setores de gás e combustíveis, como também nas demais áreas produtivas. Com relação a essa denúncia de fraude na qualidade e no peso do botijão de gás, vou acionar agora mesmo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), que é a agência reguladora, responsável por aferir a qualidade do produto”, prometeu.


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