‘Ainda estou aqui’ agita classe dos professores de história
Película foi exibida e livro distribuído no Cinépolis do Amapá Garden Shopping pelo governo do estado e senador Randolfe Rodrigues

Douglas Lima
Editor
Como parte da programação de volta às aulas na rede pública estadual de ensino, o governo do Amapá e o senador Randolfe Rodrigues promoveram na manhã desta sexta-feira, 14, no Cinépolis do Amapá Garden Shopping, distribuição do livro e apresentação do filme ‘Ainda estou aqui’, que concorre a indicações do Prêmio Oscar de Cinema.
O evento contou com a presença de Chico Paiva, neto de Rubens e Eunice Paiva, atingidos factualmente pelo regime militar eclodido em 31 de março de 1964, e personagens do livro escrito por Marcelo Rubens Paiva, filho do casal. A obra foi vertida para o cinema, e agora é indicada a três categorias do Oscar. A sessão foi dedicada aos professores de história do estado do Amapá.
Randolfe disse que o livro e o filme contam em primeiro lugar a trajetória de uma família, mas resgata um período muito triste da história brasileira, que lembra e reafirma a democracia como valor universal. Ele registrou que o livro, o filme e a presença de Chico, neto do deputado Rubens Paiva, serviam de terapia coletiva para que ninguém se esqueça do arbítrio e do terror promovidos pela ditadura militar.
O professor Jociel Palheta agradeceu a oportunidade de assistir ao filme Ainda estou aqui e se colocou entre os multiplicadores das informações passadas pela película inspirada no livro homônimo. Ele também louvou as indicações para o Oscar, interpretando-as como resultado da diversidade cultural da qual o Brasil é detentor.
“Para nós é uma grande honra ver o alcance do filme; feliz de estar aqui a convite do senador Randolfe e do governo. Uma coisa que minha avó e minha família sempre tiveram forte é que não deixasse que a nossa história fosse só nossa, mas uma história do país e que pudesse ser transformada numa luta coletiva, para que outras histórias pudessem vir à tona, apesar de não terem tido tantos holofotes quanto a história do meu avô, mas que são igualmente importantes”, detalhou o convidado.
O neto do deputado preso pela ditadura exaltou a presença dos professores de história, classe que, como ele disse, sempre foi de muita resistência contra a censura. “A gente sente que a história da luta contra a ditadura, pela democracia, é muito compartilhada com os educadores. Certamente meus avós estariam muito orgulhosos de ver que a luta de nossa família serve de exemplo e de palco para as outras lutas em defesa da democracia”, concluiu Chico Paiva.
Edilene Abreu, secretária adjunta da educação, que representou o governo do estado, pontuou que aquele momento não era só de lazer e entretenimento, mas também de aprendizado para os professores de história, os quais, disse: “são transformadores de uma consciência crítica”, para finalizar: “o livro e o filme trazem à tona o debate ao direito de não esquecermos da ditadura e sobretudo de falar da reafirmação da democracia no país”.
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