Alap aprova projeto de Lei que torna a Gengibirra Patrimônio Cultural e Imaterial do Amapá
A referida bebida, produzida a partir de gengibre e aguardente de cana é a mais tradicional dentre as bebidas consumidas durante os eventos do Ciclo Marabaixo e demais circunstâncias nas quais o Marabaixo é apresentado.
Célio Alício
Redação DA
Em votação ocorrida na parte final da sessão ordinária da Alap de terça-feira (12), a Assembleia Legislativa aprovou por ampla maioria o Projeto de Lei Ordinária nº 0128/19, de autoria da deputada Cristina Almeida (PSB), que declara a “Gengibirra” Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Amapá. A referida bebida, produzida a partir de gengibre e aguardente de cana é a mais tradicional dentre as bebidas consumidas durante os eventos do Ciclo Marabaixo e demais circunstâncias nas quais o Marabaixo é apresentado.
O referido PL vem ao encontro dos interesses dos marabaixeiros e marabaixeiras espalhados pelas diversas localidades onde essa manifestação é predominante no calendário das festas cíclicas. Ao lado do Batuque, o Marabaixo é a principal manifestação cultural resultante do sincretismo religioso e que é preservada e difundida pelas comunidades afrodescendentes em redutos como o Laguinho, a Favela, Formigueiro, Curiaú, entre outros.
Segundo Cristina Almeida, o Marabaixo é um dos principais símbolos da cultura amapaense e tem na “gengibirra” um de seus principais ícones ao lado do Espírito Santo, da Santíssima Trindade, dos “ladrões”, da murta e dos tambores. Nesse sentido, reconhece-la como patrimônio cultural e imaterial é uma forma de salvaguardar e protegê-la contra a pirataria e o uso indevido de por parte de grupos empresariais que venham patenteá-la, como aconteceu recentemente com a vela de andiroba, daí a necessidade preservar a gengibirra.
“Elevá-la à condição de Patrimônio Cultural e Imaterial é mais do que um pleito de reconhecimento, é colocá-lo no ponto mais alto da simbologia e da representatividade da herança cultural deixada pelos nossos antepassados e que temos por dever e devoção preservar para as gerações futuras”, ressaltou a parlamentar.
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