Ana Girlene prega amor, tolerância e luta na 19ª Parada do Orgulho LGBT
Discurso foi antes da largada da Parada do Orgulho LGBT, domingo, no Araxá.
Douglas Lima
Da Redação
A madrinha da Parada Orgulho LGBT+, radialista Ana Girlene, que deu a ordem de largada da marcha, nesse domingo, 1, na orla de Macapá, em discurso, no Araxá, deixou transparecer toda a preocupação que o segmento tem com as restrições da sociedade aos homossexuais. Mas incentivou que a luta continue contra a intolerância e o preconceito.
Acompanhe o discurso da madrinha:
“Vamos tomar as ruas, tomar a orla de Macapá.
A cada ataque nós vamos responder com coragem; vamos dizer que a cada preconceito e discriminação nós vamos colocar a nossa ousadia, o nosso amor, a nossa tolerância acima tudo.
Hoje é dia de relembrar aqueles que já tombaram, porque se hoje nós vamos caminhar nesta orla com a faixa de pedestres pintada de arco-íris, é porque há 50 anos, em Nova York, muitos e muitas mulheres morreram, e foi sobre sangue que nós marchamos.
Em respeito e à memória daqueles que tombaram, nós temos que continuar lutando; em respeito e à memória daqueles que nos antecederam, que pegaram tempos difíceis. Só que esses tempos sombrios estão voltando. Esses tempos de ódio e intolerância que insistem em bater em nossas portas. Mas vamos resistir.
É muito bom estar aqui, hoje, na companhia de promotora de justiça, do prefeito, de jornalistas do Sistema Diário de Comunicação, da imprensa e do governo do estado, daqueles que compreendem o seu papel como agentes públicos.
Não é favor apoiar a parada; não é favor nenhum garantir os nossos direitos. Mas todos nós sabemos: sem luta, não tem avanço, sem luta, não tem conquista.
Marchemos com alegria, com coragem, e viva a 19ª Parada do orgulho LGBT”.
Nesta segunda-feira, 2 de setembro, em seu programa de rádio na Diário FM 90,9, o ‘Café com Notícia’, Ana Girlene entrevistou os condutores da caminhada da Parada Orgulho LGBT, Bianca Pinheiro e Renan Almeida. Também ouviu o advogado Helder Carneiro, que se posicionou juridicamente sobre o caso do internauta que postou nas redes sociais os dizeres: “A orla de Macapá está cheirando Aids’.
O advogado explicou que apesar de no Brasil não existir lei específica que tipifique e sentencie a homofobia, há jurisprudência que compara esse tipo de crime ao de racismo, o qual é inafiançável e imprescritível.
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