Nota 10

Aniversário de 73 anos do Laguinho tem história, homenagens, marabaixo, samba e futsal

As comemorações de aniversário do Laguinho estão previstas por Lei municipal desde 2010, de autoria da agora deputada Cristina Almeida, e a segunda quinzena de maio é dedicada aos eventos.


Cantado, festejado e transformado em verso, prosa e samba, o bairro Laguinho completa 73 anos, ganha festa no próximo final de semana e abre as portas de casas de pioneiros para que estudantes conheçam sua história e pessoas, e realiza programação com as tradições do bairro. A coordenação realiza o evento em parceria com moradores, empresários e instituições públicas e sociais do bairro, e tem como objetivo promover a valorização da história e das personalidades, e proporcionar para alunos das escolas a oportunidade de conhecer casas e espaços considerados parte da memória do Laguinho.

 


De acordo com pesquisas e consultas acadêmicas, o Laguinho foi povoado em meados dos anos 40, após o governador Janary Gentil Nunes designar os arredores da igreja São José, onde moravam negros pioneiros de Macapá, como área para ser urbanizada com prédios públicos. Os negros seguiram então, em 1975, para a Favela, hoje bairro Santa Rita, e Laguinho, levando os costumes de dançar e cantar o marabaixo, misturados com a fé na Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo. Com o crescimento da cidade, o Laguinho ficou imprensado entre bairros maiores e hoje é área central de Macapá, mas não perdeu as características originais.

 

Banco da Amizade, Casa da Tia Biló, escolas Azevedo Costa e Augusto dos Anjos, bar Tio Duca, igreja São Benedito, Clube São José, Centro de Cultura Negra, praça Chico Noé, agremiações carnavalescas Boêmios do Laguinho e Estilizados, pioneiros como mestres Sacaca, Francisco Lino, Julião Ramos, seu Arin, entre outros moradores do bairro são tidos como símbolos do Laguinho. Reconhecido como ponto da cultura amapaense, o Laguinho e seus moradores mantém as tradições, e mesmo com as duas ruas principais serem hoje vias importantes para o fluxo, no local é fácil encontrar nas esquinas um pioneiro para contar um caso e um espaço histórico.

 


“O bairro é pequeno mas tem cheiro de cultura. É só passar na Eliezer Levy e ver os mastros da Santíssima e do Divino, as casas enfeitadas com cores das escolas de samba, no Banco da Amizade o bate papo é aos domingos, quando a maioria acorda cedo para ir à missa, e nos bares e esquinas tem sempre alguém contando piada e história. Aqui os que morrem viram iluminados e  sempre deixam um legado a  ser preservado, e fazemos isso com muito amor e orgulho nesta festa e em outros momentos”, disse Carlos Piru, coordenador do evento.

 

As comemorações de aniversário do Laguinho estão previstas por Lei municipal desde 2010, de autoria da agora deputada Cristina Almeida, e a segunda quinzena de maio é dedicada aos eventos. Na programação está confirmado para  sábado, 26, uma caminhada com cerca de 400 alunos das escolas Azevedo Costa, Augusto dos Anjos e Edgar Lino para conhecer pontos como Banco da Amizade, Boêmios do Laguinho, Sede dos Escoteiros, casas do seu Arin, o mais antigo morador, mestre Sacaca, professor Raymundo Maciel, Raimundinha Ramos, e outras personalidades. No domingo tem jogo de futsal e programação cultural no Banco da Amizade.


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