Artesãos avançam na criação de coleções autorais em oficinas do Projeto Tecendo Arte
Segunda fase da jornada criativa é realizada na sede do Sebrae e aprofunda conteúdos iniciados no Fórum Números e Cores

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae) deu início, na terça-feira (8), à segunda fase do Projeto Tecendo Arte, com oficinas criativas voltadas ao desenvolvimento de coleções artesanais. A atividade segue na sede da instituição, na Sala 2 da Unidade de Educação Empreendedora, até esta sexta(11), das 13h às 16h.
“Esse momento é decisivo para que os participantes transformem seu conhecimento e vivência em produtos com valor simbólico e potencial de mercado. Nosso foco é estimular o olhar autoral e dar suporte técnico para que cada coleção reflita a identidade do artesão e o território onde ele atua”, destaca a analista do Sebrae e gestora do Projeto Tecendo Arte, Alessandra Martins.
As oficinas integram a programação do Fórum Números e Cores, realizado em junho, e marcam a segunda etapa da jornada formativa voltada a artesãos selecionados pelo projeto. Os conteúdos aprofundam temas como identidade criativa, ‘DNA’ do artesão, pesquisa de território como ponto de partida e construção de coleções com valor autoral e potencial de mercado.
A condução das oficinas está sob responsabilidade de Ana Sudano, designer com ampla experiência no setor, especialista em gestão de negócios de moda. Ela também é cofundadora e atua no planejamento, curadorias de marcas e conteúdos do Brasil Eco Fashion Week (BEFW), considerado o maior evento de moda sustentável das Américas.
“Estamos com esse grupo de mulheres incríveis, artesãs locais, promovendo práticas criativas com linguagem autoral. A ideia é usar o território como fonte de pesquisa e capacitar essas mulheres a traduzirem suas vivências em coleções únicas. Investigamos cores, formas, texturas e aplicamos tudo no artesanato, cada vez mais autoral e valorizado”, afirma Ana Sudano.
Entre as participantes está Carmita Duarte, artesã do município de Laranjal do Jari, há mais de 20 anos e criadora do Projeto Biojóias do Jari. “Essa fase tem sido uma oportunidade de ampliar nossa visão. Aprendemos a inovar nossos produtos e a entender melhor o valor do que fazemos. O Sebrae sempre nos apoiou, tanto com capacitação quanto com visibilidade. Já participei de feiras, fui premiada e até viajei para a Itália participando de projetos como esse”, compartilhou a empreendedora.
A terceira e última fase do projeto está prevista para agosto e inclui mentorias coletivas, finalização das coleções e consultorias voltadas ao posicionamento de marca, precificação e estratégias de comercialização.
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