Nota 10

Cantora amapaense Patrícia Bastos se apresenta no Rock in Rio 2022

A intérprete amapaense se apresenta no dia 10 de setembro. Ela será a primeira cantora tucuju a se apresentar no mítico festival.


A intérprete amapaense, Patrícia Bastos, reconhecida como umas das maiores vozes do cenário nacional, será uma das atrações do Rock in Rio 2022, que acontece em setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Ela será a primeira cantora tucuju a se apresentar no mítico festival.

 

A cantora atendeu ao chamado e dividirá o palco com o DJ indígena paraense Nelson D, no dia 10 de setembro. Eles integram os artistas do Norte que se apresentarão no Espaço NAVE, da Natura, uma arena estilizada inspirada na Amazônia, onde ocorrerão shows e performances nos dias 2, 3, 4, 10 e 11 de setembro.

Com um line-up composto apenas por artistas da Amazônia, a NAVE contará também com shows de Fafá de Belém, Mestre Solano, Roberta Carvalho, Aíla, Rafael BQueer, Uyra, Guitarrada das Manas, Nic Dias, Victor Xamã, Pantera Black, Keila, DJ do Surreal Crocodilo e Suraras do Tapajós. O objetivo do espaço será uma imersão na multicultura amazônida.

Segundo a artista paraense Roberta Carvalho, diretora artística da NAVE, o público vai se surpreender com a pluralidade cultural e riqueza da região, apontada pelos olhares de dezenas de artistas. “A Nave propõe se conectar com as diversas Amazônias. Temos a presença de artistas dos nove estados da Amazônia brasileira, em um line-up que demonstra essa multiplicidade, de uma cultura tão rica e de uma região que é mais de 60% do território do país”, comentou Roberta Carvalho.

Filha da cantora Oneide Bastos, irmã e mãe de músicos e compositores, Patrícia Bastos já concorreu, com nada menos que Zizi Possi e Maria Bethânia, ao Prêmio de Melhor Cantora de MPB do Brasil em 2017. No mesmo ano, foi uma das indicadas ao Grammy Latino, na categoria Raízes Brasileiras, concorrendo como Melhor Álbum com Batom Bacaba.

Depoimento

Ao ser entrevistada pela produção do Rock in Rio sobre sua apresentação no festival, Patrícia Bastos disse: “Do ponto de vista macro, enquanto região, ela possui características parecidas, mas do ponto de vista das particularidades históricas e indenitárias ela guarda várias Amazônias. A minha Amazônia amapaense, que é de onde eu venho, por exemplo, é uma Amazônia com forte influência africana. Essa herança negra determina nossa forma de se relacionar com a música, com a dança e com as tradições trazidas e deixadas aqui como marca definitiva nessa parte da Amazônia brasileira. É no marabaixo e no batuque, nossas maiores expressões culturais, que nasce a força do meu canto. Esses ritmos tirados do tambor, ditam o compasso da nossa história e anunciam a riqueza cultural dessa Amazônia negra que pertence ao Amapá”, comentou Patrícia Bastos sobre sua participação.

“Que indígenas, ribeirinhos, quilombolas e o povo das cidades amazônicas vivam dos seus saberes, dos seus fazeres, das suas práticas cotidianas que nela espelham a gigante e múltipla cultura amazônica. O meu povo tem muito a dizer e o Brasil precisa se conhecer”, finalizou a cantora amapaense.

(Elton Tavares, com informações da produtora cultural Clícia Di Miceli, sites Portal do Holanda e Pop Line.)


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