Correios de Macapá, tradição que se mistura à modernidade
A agência dos Correios em Macapá se confunde com a história da cidade; o prédio, que resiste ao tempo, mantém viva a tradição sem abrir mão da modernidade

Evandro Luiz
Da Redação
Quem passa pelo centro de Macapá percebe que poucos edifícios históricos ainda permanecem de pé. Entre eles, a Escola Barão do Rio Branco, a Escola Antônio Cordeiro Pontes e a própria agência dos Correios. A história da instituição no Amapá está diretamente ligada à criação do Território Federal, em meados da década de 1940, quando surgiu a necessidade urgente de comunicação da população com familiares e autoridades.
Naquele período, os meios de comunicação eram precários. Não havia linhas aéreas regulares; apenas um avião partia do Rio de Janeiro, passando por diversas cidades até chegar a Clevelândia do Norte, no distrito de Oiapoque, para atender o destacamento do Exército na fronteira com a Guiana Francesa. No setor de navegação, o serviço era praticamente inexistente.
Com a criação do Território Federal, a carência de infraestrutura levou à construção de prédios destinados aos serviços postais e telegráficos em Macapá. A agência, inaugurada ainda na década de 1940, tornou-se um marco do patrimônio histórico da cidade. O edifício reflete a evolução dos serviços postais no Brasil, que, em 1969 passaram a ser consolidados sob o nome de Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
O projeto arquitetônico da agência seguiu a tendência modernista da época, com traços da linguagem Art Déco. Essa tipologia se repetia em diversas construções dos Correios no país, desde 1932.
A partir de 1969, com a transformação em empresa pública, os Correios assumiram a missão de modernizar e universalizar os serviços postais. A estatal se espalhou por todo o território nacional, tornando-se a única empresa presente em todos os municípios do Brasil. No Amapá, a agência de Macapá segue conectando a população local ao restante do país e do mundo, preservando sua relevância histórica, comunicativa, afetiva e cultural.
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